via site de Nelson Mandela
E um outro website paralelo da Fundação Nelson Mandela, dedicado ao acontecimento, para conferir atentamente:
# Nelson Mandela - 20 years of Freedom
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Nelson Mandela celebra o 20.º aniversário da sua libertação
Alguns dias antes do 20.º aniversário da sua libertação, Nelson Mandela assistiu a um encontro, na intimidade da sua casa de Joanesburgo, com a família, amigos e camaradas.Alguns dos membros do Comité Nacional para a Libertação, criada para coordenar o regresso de Mandela a sua casa após a saída da prisão, partilharam memórias num almoço oferecido pela filha mais nova de Nelson Mandela, Zindzi. Mandela juntou-se ao grupo para brindar com champanhe e bolo e conversou com os convidados durante mais de uma hora.
Cyril Ramaphosa, antigo presidente do Comité Nacional de Libertação, pediu um brinde a Nelson Mandela, no qual o referiu como uma inspiração, acrescentando que os seus sacrifícios para libertar o país nunca serão esquecidos.
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Um tributo a Nelson Mandela
Nadine Gordimer
Escritora sul-africana, Prémio Nobel de Literatura
Militante contra o apartheid
Escritora sul-africana, Prémio Nobel de Literatura
Militante contra o apartheid
Uma vez escrevi que quaisquer que fossem os horrores inumanos do apartheid vivíamos num país onde ainda havia heróis.
[...]Durante vinte e sete anos Nelson Mandela esteve preso no meio de nós, uma vez que a ilha de Robben está à vista da Table Mountain e a prisão de Pollsmoor é parte da cidade de Cape Town. Enterrada. Silenciada. Era proibido reproduzir nos media as suas palavras ou a sua foto. Não a força da sua dedicação invencível à liberdade do seu povo, qualquer que fosse o seu custo pessoal: para Mandela «Os muros não fazem uma prisão, Nem as barras de ferro uma gaiola». Os negros sul-africanos tinham um sentido da resistência do que eles resistiam: as humilhações brutais da prisão eram para eles experiências diárias das ilegalidades que sofriam e de inúmeras outras restrições racistas que criaram durante gerações uma imensa prisão de população não-criminal na África do Sul. Enquanto ele e os seus camaradas na ilha de Robben eram mandados partir pedras e apanhar algas do oceano Atlântico, as pessoas vulgares entre a população negra eram aprisionadas pelas autoridades como trabalho escravo. O seu povo guardava-o nas palavras das suas canções e cânticos, nas formas desafiadoras de resistência activa que ele partilhou com eles, e nas exigências da sua libertação feitas pela liderança no exílio juntamente com o povo nas suas casas. Em todas as notícias que chegavam da prisão, sentíamos que a percepção de si próprio era sempre parte de tudo isto, da vivência com o seu povo; recebiam-nas através dos muros da prisão ao mesmo tempo que o guardavam em si próprios.
[...]
Nós, na África do Sul e no mundo temos connosco, como uma pedra-de-toque viva contra qualquer profanação do espírito humano, Nelson Mandela. Uma vez escrevi que quaisquer que fossem os horrores inumanos do apartheid vivíamos num país onde ainda havia heróis. Tínhamos a grandeza de Albert Luthuli, Oliver Tambo, Walter Sisulu, Steve Biko, Bram Fischer, Dr. Dadoo, Robert Sobukwe, Helen Joseph, como se fossem uma jangada viva de nomes numa onda invencível da possibilidade de liberdade.
Nós tínhamos Nelson Rolihlahla Mandela.
Ainda o temos, carregando a consciência da liberdade, agora, personificando de forma destemida os desafios morais de uma nova era na responsabilidade humana. Para os outros e para nós próprios.
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Se os seres humanos temos vontade, podemos exigir-lhe que sirva e defenda a vida em vez de ofendê-la e humilhá-la. Isso é o que sempre fez Nelson Mandela, um homem de vontade.José Saramago
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A tua liberdade foi a nossa. A tua vitória, a vitória de todos. E o teu exemplo abriu um caminho de luz e rebeldia no pensamento e no coração da juventude do nosso tempo.Marcos Ana
Poeta espanhol, 23 anos preso político nos cárceres franquistas, autor de Digam-me como É Uma Árvore
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Mandela não deixes que os brancos nos dominem. Ajuda-nos! As pessoas estão a morrer. Dormimos nas montanhas.
Interpretado por Sechaba, Zâmbia
* com a devida vénia à Fundação José Saramago
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