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Queimadas na área da Amazônia cresceram 276% este ano

Posted: 13 de ago. de 2010 | Publicada por AMC | Etiquetas: , , ,


por Cleide Carvalho

De janeiro até esta sexta-feira, os satélites monitorados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registraram 69.900 focos de queimadas em áreas de floresta Amazônica. O aumento é de 276% quando comparado ao mesmo período de 2009, quando foram feitos 18.575 registros.
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O Inpe alerta que em comparações desse tipo, entre períodos muito longos, podem ocorrer distorções, principalmente por causa das condições meteorológicas. Maior incidência de nebulosidade, por exemplo, pode impedir a identificação dos focos de incêndio pelos satélites. Mesmo considerando algum tipo de distorção, o crescimento das queimadas na região amazônica é expressivo.
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Nesta sexta, do total de 15.183 focos de incêndio detectados pelo Inpe, em todo o país, 7.007 estavam concentrados nas regiões Amazônicas. É quase metade de todos os incêndios registrados pelos satélites no Brasil.
Segundo os dados do Inpe, o Pará liderou os focos de incêndio na área que os cientistas chamam de 'Bioma Amazônia' com 3.958 pontos detectados. Em seguida, ficou o estado do Mato Grosso, com 1.806 pontos. Em terceiro lugar, veio o estado de Rondônia - com 846 ocorrências - e o Amazonas em quarto com 265 pontos de fogo.
Normalmente, a maioria das queimadas não ganha repercussão porque fica restrita a áreas de mata. A chegada do fogo à área urbana de Marcelândia, cidade no Mato Grosso, mostrou o risco que elas oferecem. Em Marcelândia, houve destruição de mais de cem casas e madeireiras, base da economia local. Pelo menos 500 pessoas ficaram sem emprego.
Segundo dados do Inpe, 320 municípios brasileiros estavam nesta sexta em situação crítica para risco de incêndios. No Mato Grosso, são 74 municípios em estado crítico.
No Tocantins, são 26 dos 139 municípios em situação crítica. O estado tem a situação que mais preocupa, porque nem todos focos de incêndio foram controlados. Em São Paulo, dos 645 municípios, 61 estão em estado crítico, segundo o Inpe. Entre eles, cidades como Araçatuba, Araraquara, Barretos, Batatais, Bebedouro, Catanduva, Jaboticabal e Pirassununga.
Nesta sexta-feira, o Ministério Público Federal ingressou com ação civil pública na Justiça Federal para impedir que órgãos do governo do estado emitam autorização para as chamadas "queimadas controladas" em fazendas de plantação de cana-de-açúcar em São Paulo.
O MPF argumenta que a atribuição deve ser do Ibama e que não é possível autorizar queimadas sem que seja feito previamente um estudo de impacto ambiental. As autorizações são dadas pela Secretaria do Meio Ambiente e pela Cetesb.

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