Na foto de baixo: Dilma de reúne com os prefeitos de Petrópolis, Paulo Mustrangi (esq.); de Teresópolis, Jorge Mário (dir.) e o governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (centro).
No passado dia 1 de Janeiro, após as cerimónias oficiais de tomada de posse, Dilma afirmou como primeira prioridade da sua Presidência a erradicação da pobreza. Em menos de 12 dias, a própria Natureza encarrega-se de a convocar ao seu primeiro grande desafio social efectivo: dar resposta à tragédia que se abateu sobre a região serrana do Rio de Janeiro e acudir aos milhares de famílias desalojadas, que choram mais de 500 mortos, um número arrepiante e que não pára de aumentar.
A ver vamos como se sairá. Para começar, foi pronta e disponível na reacção. Deslocou-se de imediato à região, calçou as galochas de borracha e não se limitou ao sobrevoo de helicóptero. Percorreu os piores locais sinistrados e não delegou em ninguém o contacto directo com as populações e respectivos prefeitos dos municípios atingidos.
Dilma foi também pronta a decidir, assinar e agilizar meios que viabilizem uma resposta efectiva no terreno. Ao início da tarde desta quinta-feira, reuniu com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, no Palácio da Guanabara, em Botafogo, na zona sul do Rio.
A reunião contou também com a presença do vice-governador do Rio, Luiz Fernando de Souza, o Pezão, do prefeito de Nova Friburgo, Demerval Barbosa, do ministro da Saúde, Alexandre Padrilha, do ministro da Defesa, Nelson Jobim, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra e o ministro das relações Institucionais, Luiz Sérgio.
Antes de voar para o Rio, a presidente também já se tinha encontrado com o prefeito de Nova Friburgo, Demerval Barbosa, Cabral, Pezão e os ministros na prefeitura daquele município, um dos mais devastados pelas chuvas.
Após a reunião no Palácio da Guanabara, a presidente falou com a imprensa.
Dilma ressaltou que a prevenção a grandes desastres não se restringe apenas à Defesa Civil e responsabilizou a falta de uma política habitacional pelo elevado número de famílias a viverem em áreas de risco, afirmando houve «absoluto desleixo pela população de baixa renda».
«Prevenção não é uma questão da Defesa Civil apenas. Envolve também saneamento, drenagem e projetos habitacionais. Quem ganha dois, três salários mínimos mora onde? Mora onde não pode. É um problema do governo federal a política de sanemento e habitação. O governo estadual deve fazer o mesmo e cabe aos municípios evitar a ocupação desordenada. (...) Não há como resolver se não houver opção de moradia. Moradia em área de risco não é exceção é a regra».
Por seu lado, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, negou que tenha havido uma redução no orçamento para prevenção de desastres por parte do governo federal. Cabral reconheceu que o dinheiro tem chegado ao Estado do Rio, «mesmo com a burocracia»: «aqui não há uma reclamação sequer, recebemos mais de R$ 500 milhões do governo federal nos últimos anos para investimentos em prevenção», afirmou.
O governador do Rio informou ainda que a liberação do Aluguel Social já foi autorizada, bem como o Bolsa Família destinado às vítimas dos municípios de Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo, apoios a que se soma também o benefício de prestação continuada.
Ontem, a presidente Dilma Rousseff assinou a medida provisória que libera R$ 780 milhões em créditos extraordinários visando os municípios afectados pelas fortes chuvas e consequentes cheias e deslizamentos de terras.
Entrevista colectiva para assistir na íntegra:
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