[O primeiro-ministro, José Sócrates] afirmou peremptoriamente que «o Governo português não vai pedir ajuda financeira porque não é necessário», dizendo que «o país vai continuar a fazer o seu trabalho» de consolidação de contas iniciado no ano passado. Disse ainda que os «rumores e especulações não ajudam o país».
A declaração foi feita hoje, após o anúncio de alguns números preliminares da execução orçamental de 2010 onde, segundo Sócrates, se obtém «uma folga orçamental de cerca de 800 milhões de euros, ou 0,5% do PIB», em relação ao que estava previsto no Orçamento do Estado para 2010.
Nos últimos dias, Portugal tem sido objecto de intenso noticiário da imprensa internacional, sobretudo económica mas não só, devido à subida dos juros da sua dívida pública nos mercados secundários e ao risco, dado como muito elevado, de o país vir a necessitar a curto prazo de ajuda financeira externa da União Europeia e do FMI.
Ao longo do dia somaram-se outras reacções, posições, convicções ou ausências delas:
- Portas alerta para buracos financeiros escondidos
- Alegre: execução orçamental “está a ser cumprida”
- Cavaco reage com cautela aos números da execução orçamental
- Assis lamenta apelo do PSD à intervenção do FMI
- PCP lembra que “festim” de Sócrates tem custos sociais e económicos
- “Ainda não há respostas claras” para a entrada do FMI
- Preparativos para ajuda do FMI a Portugal já começaram
Entretanto, calha de ter sido também hoje divulgado o Boletim de Inverno do Banco de Portugal. Eis algumas conclusões alarmantes que se extraem à cabeça dos dados que apresenta:
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