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Projecto de sustentabilidade e preservação em Pemba vence o Galardão Gulbenkian/Oceanário de Lisboa 2010

Posted: 18 de jan. de 2011 | Publicada por AMC | Etiquetas: , ,


O projecto Conhecer para Preservar a Biodiversidade Marinha de Pemba (Cabo Delgado/Moçambique) – Ordenação Sócio-Ambiental para a Sustentabilidade é o vencedor do Galardão Gulbenkian/Oceanário de Lisboa 2010.
O projecto da Universidade de Aveiro e de várias entidades moçambicanas, entre as quais a Universidade do Lúrio, tem como objectivo intervir nas políticas de gestão ambiental, com acções concretas que conduzam à utilização sustentável do espaço costeiro e marinho de Pemba (Cabo Delgado, Moçambique). O projecto quer também promover a qualidade de vida da população que depende desta área, através de um programa intensivo de capacitação de recursos humanos locais que inclui a compatibilização das actividades económicas com a exploração sustentável dos ecossistemas e biodiversidade marinha.

A baía de Pemba, no norte de Moçambique, é a terceira maior do mundo, alimentada por rios e pelo Oceano Índico, constituindo um importante ecossistema. É uma região rica em biodiversidade, embora pouco estudada, e que está seriamente ameaçada pelo crescimento urbano desordenado e pela crescente ocupação turística em termos de construções hoteleiras, gerando um quadro de degradação ambiental fortalecido pela inexistência de políticas públicas apropriadas. A falta de tratamento de esgotos e do lixo, associada à falta de consciência ambiental da população, constitui um grave problema de saúde pública.

Nesta edição, o Galardão Gulbenkian/Oceanário de Lisboa, no valor de 100 mil euros, pretendia distinguir projectos de investigação e desenvolvimento que promovam a formação de recursos humanos e a criação de práticas institucionais nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) potenciando a gestão sustentável de áreas marinhas de elevado valor, já existentes ou em fase de implementação.
A Fundação Calouste Gulbenkian, através do Programa Gulbenkian Ambiente, e o Oceanário de Lisboa querem também contribuir para dar um conteúdo concreto à responsabilidade partilhada que os países desenvolvidos têm para com os países menos desenvolvidos, nomeadamente, no apoio à conservação dos seus habitats e recursos naturais, em particular aplicado aos ecossistemas litorais e marinhos. 

fonte: FCG

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