foto: Zoubeir Souissi/Reuters
O Exército tunisino assumiu o controlo do aeroporto internacional de Tunes, ao mesmo tempo que o espaço aéreo acaba de ser encerrado. Foi decretado o estado de emergência em todo o país e o recolher obrigatório, que já tinha sido imposto em Tunes, vigora agora em todo o país entre as cinco da tarde e as sete da manhã. O primeiro-ministro, Mohammed Ghannouchi, anunciou há momentos que vai assumir interinamente a presidência, substituindo Zine El Abidine Ben Ali que, segundo a AFP, terá já entretanto abandonado o país.
Esta intervenção segue-se aos protestos que reuniram um número sem precedentes de pessoas no centro de Tunes exigindo a partida de Ben Ali. A situação precipitou-se, recorde-se, depois de o Presidente tunisino, Zine El Abidine Ben Ali, ter anunciado a demissão do seu Governo e a intenção de marcar eleições legislativas antecipadas num prazo de seis meses.
Ben Ali falou aos tunisinos na quinta-feira à noite para anunciar que não se recandidataria em 2014, prometendo reformas democráticas e o fim da censura. Disse também que as forças de segurança não disparariam nem mais uma bala contra os manifestantes, que desde meados de Dezembro enchem diariamente as ruas de várias cidades com gritos contra o desemprego e o regime. Palavras que não foram suficientes para muitos tunisinos, que queriam ver Ben Ali partir de imediato. De facto, se até quinta-feira morreram pelo menos 67 pessoas, nas contas da Federação Internacional das Ligas de Direitos Humanos, depois do discurso do presidente mais 12 foram mortas, na sequência de confrontos entre os manifestantes e a polícia.
[ACTUALIZADA]
Para ler:- Ben Ali abandona o país e primeiro-ministro assume a Presidência
- Estado de emergência decretado na Tunísia
- Milhares regressam às ruas de Tunes exigindo demissão imediata do Presidente
- Protestos forçam Presidente tunisino a admitir deixar o poder em 2014
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