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Uma deriva pelas ruas e praias da capital do Senegal, horas antes do início do FSM 2011, num vídeo feito para a Carta Maior. O destaque do FSM, até ao momento, é a atenção e solidariedade manifestadas pelos participantes para com os populares em protesto no Egipto. As dores de lá, vibram com força por aqui.
O Fórum Social Mundial Dakar 2011 recebe participantes e organizações de 123 países, além da Palestina e Curdistão, durante os seis dias de evento agendados para a capital senegalesa de 6 a 11 de Fevereiro. A maioria vem dos vizinhos africanos (45), seguidos dos europeus (29), asiáticos (22), centro-americanos e caribenhos (12), sul-americanos (10), norte-americanos (3) e países da oceania (2), além da Palestina e do Curdistão. A expectativa do Comité Organizador aponta para a presença de 50 mil pessoas.
A marcha de abertura acontece hoje, com saída prevista, às 13h, da sede da Radio Television Senegalaise (RTS) - Triangle Sud x avenue Malick SY-BP, 1.765 -, próxima à Grande Mesquita de Dakar. O local de chegada será a Universidade Cheikh Anta Diop, que abrigará as actividades do Fórum nos dias seguintes. A banda afro-brasileira Ilê Aiyê dará as boas-vindas aos participantes.
As quase mil actividades, propostas por parte das 1.205 organizações inscritas, estarão distribuídas por 12 eixos temáticos, durante os dias 8 e 9, antecedidas pelo Dia da África e da Diáspora (7) momento de forte expressão no Fórum. Gastos militares, crise alimentar, subdesenvolvimento, agricultura familiar, saúde, segurança e apoio social, acesso à água e a saneamento, lei e governo figuram entre os temas dedicados a este dia. Ainda no dia 7, o ex-presidente brasileiro Luis Inácio Lula da Silva participará, ao lado do presidente do Senegal, Abdou Layewade, na mesa A África na geopolítica mundial, a decorrer entre as 12h30 e as 15h30. Outro presidente confirmado no FSM é Evo Morales, da Bolívia.
Taoufik Ben Abdallah, que integra os Conselhos Africano e Internacional do Fórum Social Mundial, além do Comité Organizador, reforça a necessidade de «ouvir os povos». «A situação da Tunísia, Costa do Marfim e Egipto recebe eco no mundo por vivenciar situações comuns a vários países. Queremos que o FSM2011 seja como um receptápculo de energias e impulsionador de capacidades dos povos para melhorarem suas próprias vidas. Queremos um Fórum por alternativas populares e democráticas e por valores universais compartilhados», disse às vésperas da inauguração do encontro.
Para Chico Whitaker, do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial, Dakar não será um evento com muitos participantes, como o de Belém (Brasil) que reuniu 150 mil pessoas. «Isso porque 80% dos países africanos têm 15 vezes menos habitantes do que o Brasil», explicou. «Mas este Fórum será bem-sucedido em muitos outros aspectos. Participantes de outros países do mundo são muito numerosos e contaremos com pessoas importantes como Lula, um ex-presidente do Brasil, que participará como cidadão comum. Além disso, o Fórum de Dakar terá um grande número de encontros pela Internet, contando com a participação de inúmeros grupos locais, provenientes de vários países (só na França, haverá 70 !)», afirmou.
A programação geral está organizada da seguinte maneira:
- 1º dia (6/02/2011): Marcha de Abertura
- 2º dia (7/02/2011): Dia da África e da Diáspora
- 3º dia (8/02/2011): Actividades autogestionadas
- 4º dia (9/02/2011): Actividades autogestionadas
- 5º dia (10/02/2011): Assembleias de convergência para a acção
- 6º dia (11/02/2011): Assembleias de convergência para a acção / Encerramento
Para acompanhar a cobertura: reportagens | vídeos
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