Para somar ao black out da repressão, a cadeia televisiva Al-Jazeera foi proibida pelo Governo do Egipto de transmitir e operar no país. Entretanto, os cidadãos começaram a furar o bloqueio da Internet com o recurso a velhas tecnologias, como faxes, rádios amadores e modems de sistema dial-up.Também o Google contornou o bloqueio à Internet elaborando um sistema com o Twitter que permite o envio de mensagens ainda que sem acesso online.
Ontem, os manifestantes egípcios já tinham avisado que iam subir a fasquia no desafio a Mubarak. Pediam um milhão de pessoas em protesto, hoje, na praça Tahrir. Para o impedir, as autoridades encerram os acessos à capital. Às primeiras horas da manhã, porém, milhares de manifestantes já se concentraram no Cairo.
A "marcha dos milhões" saiu, portanto, à rua com sucesso. Os manifestantes avisam Hosni Mubarak que desista de tentar contrariar a vontade do povo: "Isto não é uma manifestação. É uma revolução!"
Ao longo do dia, apesar da contestação continuar nas principais cidades egípcias e do regime se manter oficialmente, o risco de default do país começa a baixar.
Entre os manifestantes, um nome ganha preponderância para suceder a Mubarak: Arm Mousa, Presidente da Liga Árabe.
Em entrevista ao jornal inglês "The Independent", ElBaradei defendeu que se Hosni Mubarak "quer verdadeiramente salvar a sua pele, deve partir" até sexta-feira e abandonar o poder.
Rei da Jordânia demite o Governo. Abdullah II cede aos protestos populares e exonera primeiro-ministro Samir Rifal.
Na Síria existem movimentos na Web a apelar à revolução para sexta-feira. Páginas na rede social Facebook, vários utilizadores no Twitter e fóruns de discussão na Web estão a convocar para esta sexta-feira, depois das orações, aquilo que surge denominado como o "Dia da Ira Síria".
Há menos de uma hora, Mubarak fez uma comunicação ao país, transmitida pela televisão estatal egípcia: mantém-se no poder mas não se recandidatará à presidência. Após o discurso, seguiu-se um clamor na praça Tahir. Os manifestantes, que exigem uma nova constituição e um novo governo, sustentam o ultimato: concedem a Mubarak a "Sexta-feira da Partida".
Há 30 anos no poder, Mubarak vê-se cada vez mais isolado, com o Egipto completamente cercado e o Mundo de olhos postos no Cairo. Os países árabes vizinhos temem uma ameaça que se alastra aos seus próprios regimes. O Ocidente receia quem venha a suceder no poder e fala em possível ameaça islâmica". Crescem os rumores de que Barack Obama ligou hoje a Mubarak e lhe pediu que não insistisse em se recandidatar.
fotos: Egyptian state television via APTN, Mohammed Abed e Ben Curtis
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