O Daniel Oliveira também esteve na Exponor e não viu algo muito diferente do que eu vi:
Já a noite ia avançada na Exponor quando uma congressista subiu ao palco para fazer algumas criticas. Falou de uma Europa bloqueada, de uma banca gananciosa e, coisa estranha naquela redoma protegida do resto do Pais, das Parcerias Público-Privado e da privatização do BPN deixando o bife do lombo (a SLN) de fora. Claro que a congressista falou bem tarde. Quando uma multidão de cem delegados a podia ouvir. Não faz sentido incomodar a militância do PS com opiniões.
Ana Gomes passa às vezes por tresloucada. Porque tem o estranhíssimo hábito de dizer o que pensa. É coisa que não se aconselha num partido. E muito menos num comício à coreana, onde os congressistas se dirigem em todas as frases ao "nosso líder", ao "líder deste Pais", ao "nosso secretário-geral", sempre juntando todos adjetivos elogiosos que conheçam. Só há uma coisa mais deprimente do que ver alguém a prestar vassalagem a um chefe: é ver muita gente a prestar vassalagem a um chefe. Estive em alguns congressos do PCP. São um exemplo de pluralismo ao pé do que vi aqui em Matosinhos. E só mais tarde um outro militante foi claro com o líder, que não estava presente: deixou o Pais na bancarrota. Parece que ainda há algum País no PS. Mas só depois da meia-noite.
Cf.
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