foto: Ulisses Neto
O ex-presidente e sociólogo Fernando Henrique Cardoso escreveu esta semana um extenso artigo-ensaio “O Papel da Oposição”, publicado na revista Interesse Nacional, mas divulgado antes pela internet. É um texto longo onde diz, por exemplo, coisas como esta:
Enquanto o PSDB e seus aliados persistirem em disputar com o PT influência sobre os “movimentos sociais” ou o “povão”, isto é, sobre as massas carentes e pouco informadas, falarão sozinhos.
De visita à churrascaria brasileira que funciona no centro de entretenimento e diversões 02, no Leste de Londres, de onde segue para Madrid para se encontrar com Zapatero, ser agraciado com novas homenagens e assistir, no sábado, ao clássico Real Madrid x Barcelona do Campeonato Espanhol, Lula desenterrou a memória do falecido ex-presidente João Batista Figueiredo e comentou assim as declarações:
Já tivemos político dizendo que preferia o cheiro de cavalo ao do povo [Figueiredo] e agora um ex-presidente que fala ser preciso não ficar atrás do povão. Não sei como alguém estuda tanto e quer esquecer o povão. O povão é a razão do Brasil, e dele fazem parte tanto a classe média, os ricos e os mais pobres.
e disse mais:
Eu já fui oposição com apenas 16 deputados. Tinha apenas cinco quando criei o PT. A oposição precisa saber que o povo brasileiro não quer uma oposição vingativa, com ódio, negativista. Quer gente que pense com otimismno no Brasil. Atingimos um estado de auto-estima do qual não podemos voltar atrás. Isso a oposição não compreende, quer desgraça para ter razão. Não vai ter.
Entre uma mordiscada de churrasco e um pontapé na bola, Lula arrumou Fernando Henrique Cardoso e a sua tese sobre "O Papel da Oposição", que tanto trabalho e tantos parágrafos deram a escrever. E creio que por muito mais motivos do que simplesmente o de FHC «não ter aprendido a lição», como aqui e aqui se opina.
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