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Desflorestação da Amazónia aumenta 27% em apenas 9 meses

Posted: 18 de mai. de 2011 | Publicada por por AMC | Etiquetas:


A Amazónia Legal (território que abrange  nove estados do Brasil) sofreu um aumento de 27% de desflorestação entre  Agosto do ano passado e Abril deste ano, na comparação com o mesmo intervalo tempo de 2009 a 2010.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), responsável pela monitorização por satélite da Amazónia brasileira.
Apenas nos meses de Março e Abril, o INPE observou uma destruição de 593 quilómetros quadrados de floresta, sendo o Mato Grosso o estado que  mais chamou a atenção por concentrar, sozinho, a perda de 480 quilómetros quadrados de mata. 
Ao comentar o resultado da pesquisa, a ministra do Meio Ambiente, Izabella  Teixeira, considerou os dados «assustadores» e informou que uma comissão de crise foi formada para lidar com o caso.
Também o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante, anunciou que o seu ministério investirá cerca de mil milhões de reais para aquisição de quatro novos satélites destinados a aumentar o poder de vigilância desta  região.
Alguns críticos do Novo Código Florestal que vem sendo discutido no Congresso sugerem que o aumento da desflorestação está justamente associado às novas regras que estão para ser aprovadas, ou seja, as precisamente as têm gerado ampla discussão e insanável polémica entre os  parlamentares nas últimas semanas.
Sublinhe-se que uma das alterações proposta para o novo Código visa o "perdão" aos desmatadores de áreas consideradas de preservação ambiental, desde que a ocupação seja antiga e apesar das múltiplas oportunidades de legalização terem por eles sido sistematicamente ignoradas. São inúmeras as vozes que se têm erguido no Brasil contra a aprovação dessa medida, um dos pontos que tem, aliás, ditado a dificuldade de chegar a um acordo e obrigado a sucessivos adiamentos à votação do documento.
Os opositores acreditam mesmo que a expansão da área destruída pode estar associada ao interesse de uma ocupação rápida da terra antes da aprovação do novo Código Florestal brasileiro.
A ministra Izabella Teixeira nega essa associação e garante que aqueles que desflorestarem para criar gado ou realizar qualquer tipo de cultivo serão punidos. Uma das possibilidades que avança é a da apreensão dessas mesmas criações e cultivos, canalizando-as posteriormente para suprir o Fome Zero, o internacionalmente célebre programa de combate à fome do Governo federal brasileiro.   

Queimada em Careiro da Várzea, Amazónia, em 28 de Novembembro de 2009. foto: Paulo Whitaker



Deforestation in the Brazilian Amazon surged in March and April, the government said on Wednesday, fueling criticism that a proposed law to ease land-use rules may be spurring illegal tree-felling.
Brazil's Environment Minister Izabella Teixeira told reporters the government was creating a "crisis cabinet" to investigate the jump in destruction of the forest, which mostly occurred in the center-west farming state of Mato Grosso.
The area of Amazon forest lost in the two months totaled 229 square miles (593 square km), up 473 percent from the same period a year ago, preliminary satellite data showed.
In the period from last August to April it rose 27 percent, raising the prospect that the closely watched annual deforestation rate will rise this year.
The unexpected leap, at a time of year when deforestation is usually low, comes as Brazil's Congress is locked in a heated debate over a law that would effectively give amnesty to many farmers who have illegally cleared land.
Environmentalists say the bill gives too much weight to the economic interests of the influential farm lobby and will set back recent progress in reducing destruction of the world's largest forest.
"You have 300-400 lawmakers here in Brasilia sending the message that profiting from deforestation will be amnestied, that crime pays," Marcio Astrini, an Amazon campaigner for Greenpeace, told Reuters.
"The only relevant factor is the forest code. It is a gigantic rise."

DELAYED VOTE

Congress delayed a vote on the new forest code last week after days of often acrimonious debate, but it is expected to go ahead next week. A bill that is viewed as rowing back conservation in the Amazon could prove embarrassing for President Dilma Rousseff, who pledged during her campaign last year to maintain Brazil's commitment to protect the Amazon.
Destruction of the forest, which is largely caused by land-clearing for cattle and other farming, is a major source of carbon emissions that contribute to global warming.
The new forest code would reduce the amount of forest farmers must preserve, relax the conservation of hill tops, and provide amnesty from massive fines for past deforestation in Latin America's largest country.
Brazil's farmers say more flexibility on environmental regulations will help them compete on more level footing against other big farming nations such as the United States and Argentina. Brazil is among the world's largest exporters of soy, beef, coffee and other key agricultural commodities.
Teixeira said it was unclear what had caused the deterioration in the huge state of Mato Grosso, which lost half as much forest in April -- 154 square miles (400 square km) -- as it did in the whole of 2010.
The government is determined to ensure deforestation falls in the August-July annual period, she told a news conference.
"The order is to reduce deforestation by July. ... It is a formal promise the government has made. We have to achieve the national plan on climate change," she said.
Deforestation of the Amazon fell to its lowest level on record in the 2009-10 year at 2,509 square miles (6,500 square km), down from a peak of 11,235 square miles (29,100 km) in the mid-1990s.

"Deforestation surges as Brazil eyes new land law" publicado na Reuters

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