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PSD ultrapassado pelo PS: depois da Troika e a poucas semanas das urnas

Posted: 14 de mai. de 2011 | Publicada por por AMC | Etiquetas: , ,


Há coisas que é preciso ver para crer. Como a mais recente sondagem da Intercampus, acabada de colocar online pelo jornal O Público.
Sendo certo que sondagens são sondagens, este resultado não deixa de ser espantoso. Passos Coelho consegue o inimaginável: ser ultrapassado, pela primeira vez, pelo partido do Governo a três semanas das urnas e antes mesmo da caravana de campanha ter oficialmente arrancado. Não que, pelo andar da carruagem, um cenário como este se possa considerar surpresa. Já aqui, no Conexão, me referi a ele por diversas vezes. Limita-se a dar expressão numérica à percepção em que se tropeça na rua, e quantificar o efeito dos disparates com que o maior partido da oposição insiste em continuar a vir a público hora após hora.

Fica a infografia e o texto que a acompanha para leitura na íntegra, clicando no link a baixo.



O PS retirou pela primeira vez a liderança ao PSD na terceira sondagem da Intercampus para o PÚBLICO e TVI. E passou os “laranjas” de uma forma clara: os socialistas somam agora 36,8%, contra 33,9% dos sociais-democratas. Quem também dispara é o CDS-PP, que conta agora com 13,4% das preferências. PSD e PSD continuam porém em empate técnico.
O PS tem vindo a subir ligeiramente desde a primeira sondagem (34,8%, a 6 de Maio, 35,1%, a 9 de Maio e 36,8% agora) e o PSD tem descido. Só que nesta terceira recolha de opinião o plano é mais inclinado para os sociais-democratas: passaram de 37% na primeira sondagem para 36,2 na segunda e agora cairam para 33,9%.
Na primeira vez em que passam para a frente nesta série de sondagens da Intercampus para o PÚBLICO e TVI, os socialistas conseguem mesmo a maior diferença entre PS e PSD. Na primeira sondagem os sociais-democratas tinham uma vantagem de 2,2%, na segunda baixaram para 1,1% e o PS consegue agora uma vantagem de 2,9%.
Quem parece estar a “lucrar” com a perda dos sociais-democratas é o CDS-PP que sobe mais de 2% em relação às anteriores recolhas de opinião (10,5%, 10,9% e 13,4 % esta segunda feira).
Graças à subida do CDS-PP, os centristas e os sociais-democratas juntos mantêm-se dentro do campo das possibilidades de terem uma maioria parlamentar, com 47,3% dos votos. Mas os votos do PS e CDS juntos garantem agora sem dúvidas uma maioria parlamentar, atingindo os 50,2%. CDS e PS juntos têm os mesmos votos que o somatório dos partidos de esquerda, que atingem igualmente os 50,2%.
A CDU (PCP e Os Verdes) sofre mais uma ligeira queda (7,9%, 7,7% e 7,4% agora). Bastante mais acentuada continua a ser a descida do BE. Começou com 7%, caiu para 6,5% e agora para 6%.
Quem também perde são os outros partidos que na sondagem de sexta-feira atingiram 3,6% das preferências e agora passam para 2,4%.
Esta repartição dos votos leva em conta apenas os entrevistados que manifestaram a intenção de votar num dos partidos indicados.
Elevado continua a ser o número dos optam pelo itens de não sabe/não responde e nenhum [partido]/não votaria, embora tenha uma ligeira queda: era de 45,3% e passou para 43,6%.
A cair continua o número de portugueses que acha que o futuro Governo deve ser formado por uma coligação de partidos: começou em 56,9%, passou para 55,9% e situa-se agora nos 53,4%. Já os que acham que deve ser o partido vencedor a governar subiu: começou em 29%, caiu para 28,8% e agora subiu para 32,6%.
Em matéria de coligações, subiu o número dos que, defendendo uniões governativas, gostariam de ter um “casamento” entre PSD e CDS, passando de 23,2% na passada segunda-feira para 28,1% agora. Uma coligação PSD-PS-CDS reúne 15,5% das preferências (20,5% na sondagem anterior); PSD-PS soma 17,9% (21,2% na anterior); PS-PCP-BE tem 13,5% (11,6% na anterior) e PS-CDS 6,9% (6,3% na anterior).
Uma subida significativa nesta sondagem da Intercampus para o PÚBLICO e a TVI teve a opinião dos que acham que o futuro Executivo vai Governar melhor: começou com 35,1%, baixou para os 34,7% e a agora pulou para os 38,9%. Os que acham que a governação vai ser igual são agora 37,2% (eram 40,9% na anterior sondagem). Os que acham que vai governar pior são 8,9%, quando na passada segunda-feira eram 9%.

Oito sondagens PÚBLICO/TVI

Esta é a terceira de uma série de oito sondagens regulares da Intercampus para o PÚBLICO e a TVI, feitas à população portuguesa sobre as eleições legislativas de 5 de Junho e que terão lugar até à véspera do fim da campanha eleitoral.
Os resultados poderão ser vistos no site do PÚBLICO às sextas-feiras e segundas-feiras, a partir das 20h00, ao mesmo tempo que são apresentados no Jornal das 8 da TVI. Uma cobertura mais completa, que inclui comentários de três painéis fixos de analistas, será publicada no dia seguinte (sábado e terça-feira) na edição impressa e estará também acessível a assinantes online.Ficha Técnica
Sondagem realizada pela INTERCAMPUS para a TVI/PÚBLICO, com o objectivo de conhecer a opinião da População Portuguesa sobre temas da actualidade. O universo é constituído pela população portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseados, residentes em Portugal Continental, em lares com telefone fixo. A distribuição geográfica dos inquiridos é: Grande Lisboa, 212 (20,6,%); Grande Porto, 140 (13,6%); Norte Litoral, 189 (18,4%); Centro Litoral, 184 (17,9%); Interior, 202 (19,6%), e Sul, 102 (9,9%). A informação foi recolhida através de entrevista telefónica (CATI), com base em questionário estruturado e elaborado pela TVI e adaptado pela INTERCAMPUS. A amostra de 1029 indivíduos foi seleccionada através do método de quotas, a partir de uma matriz de estratificação que considerou as variáveis Sexo, Idade e Concelho. A selecção dos lares com posse de telefone fixo foi efectuada de forma aleatória. A selecção dos entrevistados foi efectuada de forma polietápica: inicialmente de forma aleatória, condicionada por quotas de sexo e idade. 21,2% dos inquiridos respondeu não sabe/não responde e 22,4% respondeu nenhum/não votaria. O erro de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 3,05%. A taxa de resposta obtida neste estudo é de 47,9%. Período da recolha da Informação: De 7 a 12 de Maio. Equipa: Estiveram envolvidos 54 entrevistadores, devidamente treinados para o efeito, sob a supervisão directa dos técnicos responsáveis pelo estudo.

publicado em O Público

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