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Marina Silva cria instituto e quer moblizar jovens para a Rio + 20

Posted: 30 de jun. de 2011 | Publicada por por AMC | Etiquetas: , , , ,

foto de Eliária Andrade

Leio no Razão Social:
Informação que chegou ainda há pouco na caixa de e-mail dá conta que a senadora Marina Silva está trabalhando no projeto de criação de um instituto. Será batizado de Instituto Marina Silva (Imas). A primeira ação da entidade será mobilizar, em parceria com movimentos socias, um milhão de jovens para as questões debatidas na conferência Rio + 20.

Marina Silva diz que Código Florestal terá impacto negativo na Rio+20

Para a ex-senadora Marina Silva, se sancionado pela presidente Dilma Rousseff, o Código Florestal trará um impacto negativo para o Brasil na Rio+20, conferência ambiental mundial que acontecerá no Rio de Janeiro em 2012.  Segundo Marina, o momento é uma oportunidade única de a populacao brasileira se engajar nas discussões ambientais do país, já que ainda é possível ampliar o debate sobre o Código florestal, cujo texto foi aprovado na Câmara dos Deputados no mês passado e agora tramita no Senado.
_ Os jovens precisam entrar nessa discussão. Precisam pensar que compromissos podem assumir na Rio+20 em relação ao desenvolvimento sustentável. Nós fracassamos com nossos compromissos na Rio 92, e, agora, a um ano da Rio+20, estamos vivendo um grande retrocesso com a aprovação do novo Codigo Florestal, no relatório do Aldo Rebelo. A sociedade precisa entender que o código está anistiando o desmatamento nos ultimos 20 anos e também abrindo mão da recomposição de Reserva Legal em todas as propriedades de até quatro módulos florestais. É um grande impacto negativo.
A ex-senadora ressaltou que, se o código for aprovado no Senado e sancionado pela presidente Dilma Roussef, será um exemplo vivo de que o Brasil não cumprirá seu compromisso de redução de desmatamento no país, o que pode ter impacto muito negativo na comunidade internacional. Marina Silva era esperada como palestrante para uma mesa de debate no XIII Festival de Cinema e Video Ambiental (Fica), que está acontecendo neste momento na cidade de Goias (GO). Por problemas de saúde, ela nao pôde comparecer, mas enviou sua fala por vídeo, de Brasilia.
A professora do mestrado de Direito, Relações Internacionais e Desenvolvimento da PUC de Goiás Luciana Martins está presente na mesa de discussão e afirmou que, dentro da academia, o Código Florestal está sendo visto como uma carta branca para o desmatamento na Amazônia e em outras areas do pais:
_  O código resolve o problema dos produtores rurais. Prioriza o desmatamento para o desenvolvimento, o que é absolutamente imediatista. É uma questao essencial, atravancada por um viés político forte. O Senado disse que não ia aprovar o texto, agora já se fala em aprovacao. E a presidente Dilma também havia dito que vetaria alguns pontos, como a anistia ao desmatamento, mas já esta mudando o discurso.
Para o líder indígena Benki Ashaninka, representante da Rede de Povos da Floresta, é importante pensar em como usar a floresta para sobreviver. Segundo ele, não adianta se ter um código que prioriza a floresta de pé, sem pensar alternativas de renda ara a população que vive na floresta. Por outro lado, Ashaninka afirmou que a anistia geral e a liberação da área de Reserva Legal para pequenos módulos é exagerada e problemática:
__ Nós estávamos pensando em como conviver com o código, porque ele influencia diretamente nossas vidas. Precisamos sobreviver por meio dos recursos da floresta. Mas se o texto só servir para garantir a sobrevivencia da geração atual e o lucro, vale a pena? Na prática, sei que e possivel sobreviver e até lucrar preservando. É o que nosso povo tem buscado _ disse Ashaninka, que vive na fronteira do Brasil com o Peru e trabalha com produtos amazônicos oriundos do manejo de recursos florestais.
Estou em Goiás acompanhando o Fica e em breve trago mais novidades sobre o festival, que começou ontem e vai até o próximo domingo, com exibição de filmes com temática socioambiental, além de debates.

publicado em 15.06.2011

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