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Moody’s baixa rating da Grécia e ameaça com declaração de “incumprimento”

Posted: 25 de jul. de 2011 | Publicada por por AMC | Etiquetas: , ,

Leio em O Público:

A Moody’s considera, numa curta nota disponibilizada online, que o acordo europeu de quinta-feira, em que o novo pacote de resgate financeiro da Grécia prevê a participação de credores privados, faz com que seja agora “virtualmente certo que incorrerão em perdas de crédito”. Assim, a agência diz também que, “quando e se essas trocas de dívida ocorrerem”, a Moody’s defini-las-á como “incumprimento pelo Governo grego na sua dívida pública”, com reflexo na nota do país, que agora passou de Caa1 para Ca.
Por outro lado, a agência considera também que o acordo de quinta-feira beneficia todos os países da zona euro, por “conter o risco de contágio que provavelmente se seguiria a um incumprimento desordeiro de pagamento da dívida grega existente”, mas apenas no que respeita ao risco de “contágio de curto prazo”.
A agência alerta ainda para que, ao contrário do que é sugerido pelas declarações públicas de vários responsáveis, o novo pacote de apoio financeiro à Grécia “estabelece um precedente” para futuros para reestruturações futuras de dívida “se as finanças de outros países da zona euro se tornarem tão problemáticas como as da Grécia”.


Assim, e apesar da taxas de juro mais baixas a pagar por Portugal e pela Irlanda e de prazos mais alargados de reembolso dos créditos de resgate, a Moody’s considera que o impacto das medidas anunciadas quinta-feira após a cimeira de líderes europeus deverá ser “neutral” para os credores da Irlanda de Portugal.
No entanto, para outros países europeu credores que não têm nota "Aaa" a perspectiva é diferente, e a agência considera que o precedente de aceitação de incumprimento têm um impacto mais desfavorável para os credores desses países – casos da Espanha e de Itália – do que os elementos positivos, onde a Moody’s inclui “impacto de curto prazo no sentimento do mercado”.


Fitch: Novo pacote de assistência à Grécia implica incumprimento parcial 


Os termos do segundo programa financeiro que os líderes da zona euro acordaram ontem para a Grécia pressupõe uma entrada em incumprimento parcial da dívida e levará a uma descida do rating para esse nível, confirmou hoje a agência de notação Fitch.
Apesar de saudar – e considerar “positivo” – o acordo sobre o pacote grego, a agência norte-americana frisa que os termos em que o plano foi desenhado produzem uma alteração das condições iniciais acordadas em relação aos empréstimos concedidos a Atenas. Uma modificação que, segundo os critérios de avaliação da Fitch, se traduz numa entrada parcial em incumprimento da dívida.
O novo pacote inclui uma modificação das regras do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) e que pressupõe um empréstimo de 109 mil milhões de euros por via deste fundo de socorro, e ainda uma contribuição dos credores privados no valor de 50 mil milhões através de reestruturação da dívida.
As operações que esta participação do sector financeiro privado implica – o reescalonamento da dívida ou a sua renovação – são precisamente o ponto de conflito que as agências consideram ser sinónimo de entrada em incumprimento.
David Riley, o analista da Fitch que assina a nota emitida hoje sobre os termos do novo pacote europeu, sublinha, no entanto, que a revisão da nota da dívida da Grécia – avaliada actualmente pela agência em CCC, a um nível do incumprimento – será seguida de novas atribuições de rating aos títulos de dívida helénica que forem emitidos. Isso significa que o efeito positivo (de que fala a agência) que resulta do prolongamento das maturidades da dívida grega será tido em conta nessas novas atribuições de nota.
Como ao Banco Central Europeu (BCE) cabe aceitar as avaliações das três grandes agências de rating como barómetro para aceitar a dívida dos países da zona euro como garantia para conceder os empréstimos aos bancos dos países, da cimeira de ontem saiu fumo branco para sobre uma solução para tempo de cumprimento imparcial da dívida grega. Durante esse período, será o FEEF a garantir os títulos de dívida helénica. link

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