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Árvores da Amazônia possuem fungos com grande potencial para uso industrial

Posted: 23 de jul. de 2011 | Publicada por por AMC | Etiquetas:


Fungos encontrados em cascas de árvores amazônicas têm grande potencial de uso industrial em função das variedades de enzimas que produzem, como a descontaminação do solo por metais pesados.  Essa é uma das conclusões do estudo realizado no curso de Química da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em Parintins (a 369 quilômetros a leste de Manaus).
“A nossa Região Amazônica é detentora de uma imensa diversidade fúngica, na grande maioria das vezes ausente de informações sobre o seu potencial biotecnológico e, portanto, capaz de fornecer microrganismos com potenciais variados aplicáveis na indústria”, afirmou a bolsista do Programa de Apoio à Iniciação Científica (Paic), Cássia Valente.
A pesquisa financiada pelo  programa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) investigou os fungos existentes em cascas de três tipos de árvores com muita ocorrência: a cuúba, a massaranduba e o ipê. “Fizemos excursões fluviais na área urbana e rural de Parintins para a coleta das cascas.
Na sequência, levamos para análise onde identificamos a presença da enzima tanase que pode ser amplamente utilizada na indústria biotecnológica e farmacêutica”, disse Valente. Segundo ela, dentre esses potenciais encontra-se elementos que podem ser empregada na  fabricação de alimentos e na biorremediação do solo contaminado com metais pesados. “O objetivo do projeto foi avaliar a influência de resíduos obtidos de três cascas de árvores amazônicas no crescimento e produção de biomassa fúngica em estado de fermentação sólida”, explicou.


O trabalho intitulado ‘Avaliação da Produção de Biomassa Fúngica em meio suplementado com três cascas de madeiras amazônicas’ foi apresentado este mês, na 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Premiada como melhor bolsista de Iniciação Científica, dentre 80 bolsistas do Paic da UEA/Parintins, Valente pretende dar continuidade à vida acadêmica. “Pretendo ampliar essa pesquisa e contribuir para o desenvolvimento científico do Estado e do País”, frisou a pesquisadora, que tem como coordenadora, a doutora em Química e professora da UEA/Parintins, Milade Cordeiro.

publicado no Diário do Amazonas

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