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Europa acorda para a necessidade de responder às acções das agências de "rating"

Posted: 8 de jul. de 2011 | Publicada por por AMC | Etiquetas: , ,

Olli Rehn: Comissão está a trabalhar na criação de agência de "rating"

“Os trabalhos [de preparação] estão a decorrer e serão concluídos no Outono”, disse Olli Rehn a um jornal finlândes, o Helsingin Sanomat, citado pela agência Dow Jones.
Na opinião do responsável, é “problemático” que todas as três principais agências de “rating” estejam baseadas nos EUA.
“Eles [nos EUA] olham para a actividade económica europeia de uma forma diferente do que nós aqui”, afirmou Rehn.
O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, já veio "lamentar profundamente a decisão da Moody’s de cortar o rating da dívida portuguesa".
"Lamento, em especial, o timing e a dimensão do corte", acrescentou o presidente da Comissão, destacando que só agora Portugal começou a implementar as medidas definidas no plano acordado com a troika. "O cumprimento destas medidas será avaliado trimestralmente pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional", sublinhou Barroso.

Durão Barroso assegura que cresce força para regulação das agências de "rating"

O presidente da Comissão Europeia, o português Durão Barroso, afirmou hoje que está a crescer uma força para que se regule a acção das agências de notação financeira.
“Há um consenso crescente sobre qual deve ser o nível de regulação apropriado das agências de ‘rating’”, declarou Barroso na conferência de imprensa que deu juntamente com o primeiro-ministro da Polónica, Donald Tusk, citado pela Bloomberg.
O antigo primeiro-ministro de Portugal anunciou que a Comissão irá lançar propostas no sentido de promover a regulação no próximo Outono.
A necessidade de maior regulação destas entidades tem-se intensificado desde que a Moody’s cortou a notação de risco da dívida soberana portuguesa para um nível especulativo, “lixo”.
Ainda ontem, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, afirmou que o sistema de oligopólio das agências, com três empresas a deterem 95% do mercado, não é o melhor nem “desejável”.
A própria OCDE considerou, através do economista-chefe Pier Carlo Padoan, que estas agências têm expressado juízos de valor que aceleram “tendências que já estão em curso”.
Durão Barroso tinha também já dito que, por estarem envolvidas no mercado, as agências de “rating” não estão imunes aos ciclos económicos. Voltou a salientar que, se por vezes reflectem os movimentos do mercado, outras vezes exageram essas movimentações.
Relativamente à criação de uma agência de notação financeira europeia, para diferenciar das principais norte-americanas, Durão Barroso disse que essa possível companhia seria “útil”, já que a Europa procura maior concorrência naquele mercado. Mas, de acordo com a Bloomberg, defendeu que a União Europeia "não está a pensar em criar" nenhuma destas empresas. O que contradiz as declarações de Olli Rehn, comissário europeu, que referiu hoje que a Comissão Europeia está a explorar a possibilidade de criar uma agência de "rating".

via Jornal de Negócios

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