Crianças malnutridas na ala pediátrica de um hospital em Mogadíscio, capital da Somália. foto: Ismail Taxta
Nancy Lindborg, que trabalha com questões humanitárias no governo americano, disse na quinta-feira, 4, a um comitê do Congresso dos EUA que mais de 29 mil crianças com menos de 5 anos já morreram de fome nos últimos 90 dias na Somália. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 640 mil crianças estão subnutridas e 3,2 milhões de somalis - de uma população total de 7,5 milhões - precisam de ajuda imediata para sobreviver.
Os dados são do primeiro relatório sobre o número de mortes provocadas pela crise alimentar na região do Chifre da África. A ONU calcula que dezenas de milhares de pessoas tenham morrido em decorrência do atual período de seca, o pior a afetar a Somália em 60 anos. O alto índice de crianças somalis com desnutrição aguda indica que o número de óbitos entre crianças pequenas aumentará ainda mais.
As mortes ocorreram nas regiões do sul da Somália, onde a crise de fome é mais grave. O número é verificado por sondagens de nutrição e mortalidade dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. Na quarta-feira, a ONU declarou situação de fome em mais três regiões do sul da Somália, elevando a cinco o total de áreas atingidas.
Dezenas de milhares de somalis estão fugindo na esperança de encontrar alimentos em campos na Etiópia, Quênia e na capital somali Mogadiscio.
fonte: Estado de S. Paulo
Cruz Vermelha pede ajuda para combate à fome na Somália
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) anunciou nesta quinta-feira, 4, planos de ampliar em mais de duas vezes seu orçamento para alimentar a população da Somália, especialmente dezenas de milhares de crianças afetadas por uma mortífera combinação de seca, violência e instabilidade política interna.
A Cruz Vermelha Internacional adverte que a taxa de desnutrição entre crianças com menos de cinco anos de idade encontra-se atualmente acima de 20% e não para de aumentar.Numa entrevista coletiva improvisada concedida hoje em Genebra, o presidente do CICV, Jakob Kellenberger, lançou um apelo a doadores por mais 67 milhões de francos suíços. A quantia equivale a US$ 86 milhões. O objetivo é ajudar mais 1,1 milhão de pessoas em regiões castigadas pela fome em uma Somália "cada vez mais desesperada".
Se o pedido de doações for atendido, o orçamento da Cruz Vermelha para a Somália fechará 2011 com 120 milhões de francos suíços.
A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que dezenas de milhares de pessoas tenham morrido em decorrência do atual período de seca, o pior a afetar a Somália em 60 anos. Além disso, 640 mil crianças somalis sofrem de desnutrição aguda, o que indica que o número de óbitos entre crianças pequenas aumentará ainda mais.
As informações são da Associated Press.
foto: Feisal Omar
ONU declara situação de fome em mais três regiões da Somália
A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou nesta quarta-feira, 3, mais três regiões da Somália em situação de fome, estendendo a área onde altos índices de desnutrição e mortalidade são registrados. Essas novas áreas incluem os campos de refugiados na capital do país, Mogadiscio.
A agência da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO) disse que a carência de alimentos deve se espalhar por todas as regiões do sul da Somália nas próximas quatro a seis semanas e que essas condições devem persistir até dezembro. Em toda a Somália, 3,7 milhões dos 7,5 milhões de habitantes do país sofrem com a escassez de alimentos. Segundo a FAO, 3,2 milhões de pessoas necessitam de ajuda alimentar imediata para evitar que morram.Cerca de 450 mil pessoas vivem nas zonas afetadas pela fome da Somália, disse Grainne Moloney, conselheiro técnico chefe da FAO na Somália. A ONU diz que o predomínio de desnutrição aguda e índices brutos de mortalidade superam os registrados na região de Shabelle, o assentamento de refugiados do corredor Afgoye e das comunidades de desalojados internos em Mogadiscio.
A ONU disse no mês passado que outras duas regiões da Somália sofrem com a fome.
As informações são da Associated Press.
Soldados matam para roubar rações de alimentos aos refugiados
Tropas do governo da Somália abriram fogo contra civis famintos nesta sexta-feira, 5, na capital Mogadiscio, matando pelo menos 7 pessoas. De acordo com relatos, a confusão começou quando grupos de pessoas desesperadas por alimentos entraram em choque com os soldados em um local de distribuição de alimentos enviados pelas Nações Unidas.
Testemunhas acusam soldados do governo de começarem o caos ao tentarem roubar rações de comida, enquanto voluntários tentavam manter as tropas fora do maior campo para refugiados famintos na capital somali.
Refugiados começaram a entrar na confusão e os soldados abriram fogo, disseram as testemunhas. "Foi um massacre. Eles atiraram em todo mundo", disse à AP Abdi Awale Nor, que vive no campo. "Os corpos dos mortos foram deixados no local e os feridos sangraram até morrer".
'Brigas, saques e mortes'
David Orr, porta-voz do programa mundial de alimentação das Nações Unidas, disse que a distribuição de alimentos começou nesta sexta-feira às 6 horas da manhã (horário local, 0h em Brasília), mas rapidamente degenerou em confusão algumas horas depois.
"Tivemos relatos de brigas, saques. Caminhões foram atacados por uma multidão. Existem relatos de mortes", disse Orr. Segundo o porta-voz, não se podia confirmar o número de óbitos.
Outro refugiado, Muse Sheik Ali, disse que os soldados primeiro tentaram roubar alimentos, e que então os refugiados começaram a roubar. "Então os soldados abriram fogo contra os civis e 7 pessoas, incluindo idosos, foram mortas no local. Então os soldados saquearam a comida e as pessoas fugiram".
Dezenas de milhares de somalis famintos fugiram para a capital Mogadiscio, deixando as regiões do sul assoladas pela seca e pela fome. A seca e a fome já mataram 29 mil crianças na Somália nos últimos 90 dias, de acordo com estimativas do governo dos Estados Unidos.
As informações são da Agência Estado, AP e Reuters.
Cf. também:
- Governo da Somália declara vitória sobre rebelião islâmica
- Fome na Somália se agrava; saiba como ajudar
- Tropas somalis matam 7 civis em campo de refugiados
- Turquia pede reunião de países islâmicos sobre fome na África
- Soldados e moradores saqueiam alimentos na Somália
Do Chifre da África às antigas utopias
por Washington Novaes
É inevitável que venha à mente, nestes dias em que se lê o noticiário terrível sobre a seca no "Chifre da África" e sobre os conflitos que cercam o nascimento da 54.ª nação africana - o Sudão do Sul, separado do norte -, o livro O Coração das Trevas, em que Joseph Conrad retratou com exatidão os dramas inacreditáveis que cercavam e cercam etnias africanas postas em confronto na disputa por recursos naturais, fruto das divisões artificiais de terras impostas pelos interesses dos países colonizadores. "O horror! O horror!", diz o personagem de Conrad.
"O horror! O horror!", repete-se agora, ao ler que 2 milhões de pessoas morreram nos conflitos entre o norte islâmico do Sudão e o sul cristão e animista; ao saber que 80% da população do sul, pelo menos, é constituída de analfabetos; que 90% dos 9 milhões de habitantes vivem com menos de meio dólar por dia - embora o país seja rico em petróleo (uma das causas da guerra) e ainda terá de acertar com a antiga matriz como continuar a exportá-lo por um duto controlado ao norte. Sem falar na fome das nações vizinhas - Djibuti, Etiópia, Quênia, Somália, Uganda -, atormentadas pela pior seca em 60 anos, com mais de 500 mil pessoas já em campos de refugiados, 10 milhões passando fome.
Tudo se repete, como na guerra entre Congo, Ruanda e Burundi, que deixou alguns milhões de mortos em disputa de água e terras. Pode repetir-se no Sudão do Sul, com suas 200 etnias enfrentando a seca mais grave em mais de meio século. Com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) bradando que precisa aplicar na região US$ 1,6 bilhão até o fim do ano para impedir que morram 800 mil crianças - mas enfrentando a resistência de militantes islâmicos, que tentam impedir a entrega de ajuda humanitária. Até mesmo na capital, onde a fuga aos conflitos armados fez a população crescer de 200 mil habitantes em 2006 para 1 milhão. E ainda será preciso fazer sentar à mesma mesa sul e norte para discutir pendências financeiras, demarcação de áreas de fronteira, gestão do petróleo.
Que se fará para mudar todo um continente, eliminar conflitos por recursos naturais entre milhares de etnias juntadas ou separadas por interesses dos antigos colonizadores? Que fazer para superar os conflitos de base religiosa, o racismo mesmo? Como reinventar o mundo para que a divisão de recursos entre continentes, países, grupos seja mais equânime? Como evitar que 80% dos recursos planetários sejam consumidos nos países industrializados, com menos de 20% da população mundial? Pior ainda, como evitar que 1 bilhão de pessoas passem fome todos os dias, enquanto, segundo a FAO, um terço dos alimentos no mundo se perde ou é desperdiçado - 1,3 bilhão de toneladas por ano (670 milhões nos países ricos, 630 milhões nos demais)? E ainda sabendo que a produção mundial de alimentos terá de aumentar em 70% até 2050, para atender a mais de 9 bilhões de pessoas.
Como reinventar o mundo, superar o racismo? O escritor Henry Miller (Trópico de Câncer, entre outros livros), que pregava a necessidade de caminhar nessas direções, dizia que a nova civilização que teremos de fundar não será apenas mais uma - será a síntese de vários formatos experimentados pelo ser humano ao longo de sua trajetória pela Terra. Talvez a máquina desapareça, pensava ele - mas não antes que tenhamos descoberto a natureza do mistério que nos liga à nossa criação. As instituições, tal como as conhecemos hoje, deixarão de existir. E os povos fluirão livremente pela face da Terra, em grupos mais ou menos permanentes. Instigante.
E o racismo? O professor Kabengele Munanga, da USP, exilado do Zaire (atualmente denominado República Democrática do Congo), já dizia há mais de 20 anos, num seminário na Bahia, que a base do racismo não está na negação da diferença (entre etnias, cor da pele, etc.): está "no temor da semelhança"; porque "é pelo fato de saber que eu posso fazer as mesmas coisas que ele, posso ocupar o lugar dele, que o racista me discrimina, persegue e mata". É por caminhos como esse que se esquece que os direitos humanos são de todos, acrescentava o escritor Joel Rufino dos Santos.
Todas essas coisas têm de estar muito presentes no momento em que o mundo se vê, mais uma vez, à beira de uma crise sem precedentes, em que o centro da questão parece estar no descolamento entre a realidade concreta e os valores monetários em circulação - estes, em torno dos US$ 600 trilhões, quando toda a produção do mundo está na casa dos US$ 62 trilhões anuais. Como dar garantia real a cada aplicação financeira? Como disciplinar o giro vertiginoso dos papéis, em busca de solidez (como já foi comentado aqui, um contrato de soja brasileira no mercado futuro mundial pode mudar de mão até 40 vezes antes de se concretizar; nossa safra que será plantada daqui a um mês e meio já está em boa parte negociada)? E se os Estados Unidos não tiverem como garantir a sua dívida trilionária? Por onde caminharemos?
É preciso repensar tudo. E relembrar uma passagem do escritor Rubem Braga. Para ele, a lição básica é não nos refugiarmos em abstrações. Só existem - escreveu ele - pessoas e coisas e relações entre elas. Se formos capazes de não nos escudarmos, não nos defendermos de pessoas e coisas, se nos deixarmos atingir por elas, se tomarmos tudo pessoalmente, jamais nos desviaremos dos "caminhos do coração". E eles é que devem contar. Difícil, nestes tempos em que, mais e mais, as pessoas se refugiam atrás de computadores. Mas não há alternativas eficientes para as palavras do grande mestre da crônica.
E retornando ao começo destas linhas, vale a pena lembrar também Jean-Paul Sartre, que descobriu num campo de concentração que a solidariedade não é apenas um dever moral - é um fato; estamos ligados a tudo e a todos (inclusive ao carcereiro), queiramos ou não, gostemos ou não. A África é aqui mesmo, nosso futuro dependerá do que acontecer lá.
via SIC Notícias
Entrevista a Entrevista a Vítor Nogueira da Amnistia Internacional:
via SIC Notícias
Clique no link em baixo para conhecer algumas das formas de ajudar e ajude também a divulgar a hashtag #ajudeasomalia no Twitter.
A divulgação do primeiro relatório sobre o número de mortes provocadas pela crise alimentar na região do Chifre da África revela que mais de 29 mil crianças com menos de 5 anos já morreram de fome nos últimos três meses na Somália - uma média de 300 por dia, quase 15 por hora.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 640 mil crianças somalis estão subnutridas e 3,2 milhões de pessoas - de uma população total de 7,5 milhões - precisam de ajuda imediata para sobreviver.
Nesta semana, a ONU declarou situação de fome em mais três regiões do sul da Somália, elevando a cinco o total de áreas atingidas.A ONU calcula que dezenas de milhares de pessoas tenham morrido em decorrência do atual período de seca, o pior a afetar a Somália em 60 anos.
O alto índice de crianças somalis com desnutrição aguda indica que o número de óbitos entre crianças pequenas aumentará ainda mais.
Doações em dinheiro para ajudar a Somália
Cruz Vermelha Internacional (ICRC)
É necessário escolher a operação de destino antes de prosseguir com a doação. Há opções de transferência bancária ou postal.
Agência de Refugiados das Nações Unidas (UNHCR)Doações únicas ou mensais, em dólares e via cartão de crédito. Com apenas US$ 7 (cerca de R$ 11), já é possível comprar um kit de alimentação para uma criança desnutrida.
Programa Mundial de Alimentos (WFP)A agência filiada à ONU permite doações em seis moedas diferentes (R$ não incluso) e o direcionamento da ajuda - para a África ou o local "onde a necessidade for maior".
CareO doador pode optar entre as sugestões ou doar um valor desejado. A doação é feita em dólares. A entidade informa o que pode ser feito com o valor doado.
Médicos Sem Fronteiras (MSF)Opção de pagamento via boleto bancário ou débito automático, em reais. A ONG também informa o que pode ser adquirido com a quantia. Com R$ 30, por exemplo, é possível ajudar uma criança desnutrida por um mês.
UnicefO órgão do ONU aceita doações em dólares. O valor é automaticamente direcionada para ações nos países do Chifre da África.
Cruz Vermelha do QuêniaPara doações específicas para o Quênia, somente via cartão de crédito.
Save the ChildrenDoações feitas em dólares e somente via cartão de crédito. O valor é livre, mas a ONG indica que basta doar US$ 1 (pouco mais de R$ 1,50) por dia durante 100 dias para salvar uma criança da fome.
Igreja Evangélica Luterana Americana (ELCA)A instituição criou uma página específica para doações para a região. Além de opção de cartão de crédito, a página oferece endereço e telefone para quem está nos EUA e quer ajudar.
Action AidAgência tem página simples para as doações. Basta preencher os dados, estipular o valor e contribuir.
International Medical Corps (IMC)Segundo a ONG, cada dólar doado por um indivíduo é somado a US$ 30 oriundos de doações corporativas. Doações podem ser únicas ou periódicas, apenas via cartão crédito.
VoluntariadoAlgumas agências, como as Nações Unidas e o Voluntariado Mundial, oferecem programas de voluntariado, local ou à distância.
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Cash donations to help Somalia
International Committee of the Red Cross (ICRC)Donors must choose which operation will receive the donation before proceeding. Bank transfer and postal transfer options available.
The UN Refugee Agency (UNHCR)
One-time or monthly donations, in dollars transfered by credit card. With as little as US$ 7 it is already possible to purchase a food kit for a hungry child.
World Food Programme (WFP)This UN-Affiliated agency receives donations in six different currencies, and the aid is destined to Africa – or “wherever it is needed the most”.
CareDonors may choose between donating a suggested amount or specifying a desired amount. Donations are made in dollars. The organization informs all that can be achieved with the amount chosen.
Doctors Without Borders (MSF)Several donation and payment options available. The organization provides urgent medical care to hundreds of thousands of people in more than 70 countries around the world each year.
Unicef
The UN Agency receives donations in dollars. The amount is immediately directed to aid projects in the Horn of Africa.
Kenya Red Cross
For specific donations to Kenya, by credit card only.
Save the ChildrenDonations are in dollars by credit card only. The amount is not predefined, but the NGO mentions that a daily donation of as little as US$ 1 for a 100-day period is enough to save a child from hunger.
Evangelical Lutheran Church in America (ELCA)The institution has a specific site for donations destined to the region. Other than credit card donation options, the site offers an address and phone number for those in the US willing to help.
Action AidThe agency has a simple site for donations. Donors need only fill in their personal data and decide how much they want to contribute with.
International Medical Corps (IMC)According to this NGO, every dollar donated by individuals is added to US$ 30 donated by corporations. Donations are by credit card only, and can be onte-time-only or recurrent and periodical.
VolunteeringSome agencies Like the United Nations and the World Volunteer Web have local-and-direct volunteering programmes. Learn how to help in the following links:
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Donaciones en dinero para ayudar a Somalia
Cruz Roja Internacional
Es necesario elegir la operación de destino antes de proceder a la donación. Las opciones son transferencia bancaria o postal.
Agencia de Refugiados de la UN (UNHCR)
Donaciones individuales o mensuales, en dólares y con la tarjeta de crédito. Con sólo 7 dólares, es possible comprar un kit de alimentos para un niño desnutrido.
Programa Mundial de Alimientos (WFP)
La agencia afiliada a la ONU permite donaciones en seis divisas diferentes y la ayuda es direccionada a África o el lugar donde "la necesidad sea mayor".
Care
El donante puede elegir un valor dentre las sugerencias o un otro valor deseado. La donación se hace en dolares. La organización informa lo que se puede hacer con la cantidad donada.
Medicos Sin Fronteras (MSF)
Están disponibles varias opciones de pago para las donaciones. La organización proporciona atención médica urgente a cientos de miles de personas en más de 70 países de todo el mundo cada año.
Unicef
El órgano de la ONU acepta donaciones en dólares. El valor se envía automáticamente a las acciones en los países de la región del Cuerno de África.
Cruz Roja de Kenia
Para donaciones específicas a Kenia, sólo a través de tarjeta de crédito.
Save the Children
Las donaciones són hechas en dólares y sólo a través de tarjeta de crédito. El valor es libre, y la ONG indica una donación de US$ 1 por día durante 100 días es suficiente para salvar a un niño de la hambre.
Iglesia Evangelica Luterana de EE. UU. (ELCA)
La institución ha creado una página específica para las donaciones a la región. Además de la opción de tarjeta de crédito, la página proporciona la dirección y número de teléfono para cualquier persona que estea en los EE.UU. y quiera ayudar.
Action Aid
Agencia tiene página sencilla para las donaciones. Es necessario solamente rellenar los datos, eligir un valor y contribuir.
International Medical Corps (IMC)
Según la ONG, cada dólar donado por una persona es acrecido de US$ 30 más procedentes de donaciones corporativas. Las donaciones pueden ser únicas o periódicas, sólo a través de tarjeta de crédito.
Voluntariado
Algunas agencias, como las Naciones Unidas e la Red Mundial de los Voluntarios ofrecen programas de voluntariado, local o distante. Echa un vistazo a los links y encontrar la manera de ayudar:
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Donnations en argent afin d'aider la Somalie
Croix Rouge Internationale (ICRC)Il est nécessaire de choisir l'opération de destination avant de poursuivre à la donation. Options: transfert bancaire ou par poste.
Agence pour les Réfugiés des Nations Unies (UNHCR)Donnations uniques ou mensuellles, en dollars et par carte de crédit. Avec seulement US$7 il est possible d'acheter un kit d'aliments pour un enfant sous nourri.
Programe Mondial d'Aliments (WFP)Cette agence filliée à l' Nations Unies permet des donnations en six différentes monnaies et dirrectionne l'aide vers l'afrique ou le local de nécéssité majeur.
CareLe donneur peut opter entre des sugéstions ou donner une valeur comme il veut. En dollars. L'agence Care informe ce que pourra être fait avec l'argent reçu.
Médecins Sans Frontières (MSF)Option de payement par avis bancaire ou par débit automatique à la banque. L'agence informera aussi ce que pourra être acheté avec la valeur en question. Avec US$20 il est possible d'aider à nourir un enfant au long d'un móis.
UnicefCet organe de l'Nations Unies accepte des donnations en dollars. La valeur est automatiquement envoyée aux pays de la Corne de l'Afrique.
Croix Rouge du KenyaDonnations spécifiques par carte de crédit.
Save the Children (Sauvez les Enfants)Donnations en dollars et seulement par carte de crédit. Valeur libre. Cette ong informe qu'en donnant US$1 par jour pendant 100 jours, il est possible de sauver un enfant de la famine.
Église Évangélique Lutherrene d'Ámérique (Elca)Cette institution a créé une page spécifique pour les donnations pour la région. À part les donnations par carte de crédit, la page offre l'adresse et le téléphone pour ceux qui sont aux États Unis et veullent y aider.
Action AidL'agence a une page simple pour les donnations. Il suffit de remplir les donnés et de stipuler la valeur.
International Medical Corps (IMC)Selon cette ong, chaque dollar donné part un indivu particulier est ajouté à US$30 de donnations corporratives. Donnations uniques ou périodiques par carte de crédit seulement.
VolontariatQuelques agences comme Nations Unies ou Volontariat Mondial offrent des programmes de volontariat, local ou à distance. Accédez aux "links" et découvrez comment en y aider.
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