E que tal ampliar a reflexão para lá do umbigo grego e português?!

O ministro alemão da Economia, Philipp Rösler, elogiou os esforços de reforma de Portugal e de Espanha, dizendo que são «claramente mais empenhados do que os colegas na Grécia».
Porém, no mesmo dia, o conhecido colunista Wolfgang Münchau escreve no Financial Times: «Alguns dizem que seria melhor forçar imediatamente a Grécia a sair da zona euro e usar os fundos para salvar Portugal. Eu discordo.» Considera a situação dos dois países idêntica e defende mesmo que a Europa deveria deixar que ambos entrassem em falência, ainda que sem abandonarem a moeda única. Na perspectiva de Münchau, depois de suficientemente reforçado, o fundo de resgate do euro deveria ser aplicado para ajudar os dois países em apuros e, acima de tudo, criar uma barreira de protecção em torno dos restantes, de modo a impedir o risco de contágio.
No vai-e-vem deste 'descubra as diferenças' entre gregos e portugueses, o certo é que as agências de rating seguem distribuindo, alegre e livremente, as tais pontuações que têm condicionado os mercados e o caminho dos países: Moody’s baixou a nota de seis países europeus, entre os quais Portugal, Espanha e Itália, e colocou em perspectiva negativa a Áustria, França e Reino Unido.