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Programa Áreas Protegidas da Amazônia recebe US$ 15,9 milhões para proteção de 13.5 milhões de hectares

Posted: 24 de fev. de 2012 | Publicada por por AMC | Etiquetas:

A Diretoria Executiva do Banco Mundial aprovou hoje uma doação de US$ 15,9 milhões do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês) destinada à Segunda Fase do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa).
Um adicional de 13,5 milhões de hectares de áreas protegidas (uma área maior do que a Grécia) vai ser criado nos próximos quatro anos. A verba também será usada para consolidar 32 milhões de hectares de áreas já existentes.
“O Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) é a maior iniciativa de conservação de florestas tropicais do mundo, e seus investimentos destinam-se principalmente à criação e à consolidação de Unidades de Conservação. Esse programa, além do impacto direto na conservação do bioma, possibilitará a exploração do potencial de geração de emprego e renda com o uso sustentável dos recursos da biodiversidade, incentivando, por exemplo, a exploração manejada das florestas e o desenvolvimento do turismo de base comunitária", afirma a Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
Com uma área de 4,1 milhões de km2, a Amazônia Brasileira é a maior floresta tropical contínua do mundo, fornecendo benefícios ambientais globais, especialmente em termos de biodiversidade, sequestro de carbono e mitigação das mudanças climáticas. Nela, também vivem 24 milhões de pessoas, com um orçamento menor do que a média e em condições menos urbanizadas que o resto do país.

“A primeira fase do projeto foi extremamente bem sucedida, resultando na criação de 24 milhões de hectares de novas áreas protegidas. Essa segunda etapa será essencial para atingir a meta futura de 100 milhões de hectares protegidos, promovendo simultaneamente o crescimento econômico e serviços sociais através do uso sustentável de recursos”, explicou Makhtar Diop, Diretor do Banco Mundial para o Brasil.
Devido à matriz de energia limpa do Brasil, as emissões de carbono provocadas por mudanças no uso da terra e desmatamento representam 45% das emissões totais por ano do país. Estratégias múltiplas foram implementadas para evitar a destruição da floresta e a criação de áreas protegidas tem se provado uma medida muito eficiente.
Durante sua primeira fase, o Programa Arpa criou 24 milhões de hectares de áreas protegidas e consolidou 8.5 milhões. Estima-se que a recente expansão das áreas protegidas na Amazônia Brasileira reduziu o desmatamento na região em 37%, entre 2004 e 2006.

Essa segunda fase vai manter a estrutura inicial do projeto, dividida em quatro componentes diferentes:

    · Criação de 13,5 milhões de hectares de novas áreas protegidas em um período de quarto anos, incluindo parques, reservas biológicas, estações ecológicas, reservas de extração e centros de desenvolvimento sustentáveis;

    · Manutenção das áreas protegidas já existentes, formalizando sua administração e garantindo a conservação para o futuro;

    · Garantir a sustentabilidade em longo prazo das áreas protegidas, através do aumento do fundo de capitalização do Arpa para US$ 49 milhões; e investimentos em coordenação, monitoramento e administração das áreas protegidas.

Um estudo recente realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e a WWF estima que as 13 áreas de proteção criadas através do Arpa entre 2003 e 2007 vão contribuir para compensar emissões de gases equivalentes a 430 milhões de toneladas de carbono até 2050.

via Instituto Carbono Brasil