Escreve o João Paulo Guerra:
(...) A questão não é só aparelhística, embora o aparelho dê uma considerável ajuda à imagem de um partido à deriva. A grande questão é que o PS, numa situação de destruição de um país e de ruína de um povo, como a que se atravessa, não tem mais nada para propor aos portugueses que uns vagos balbucios e umas tristes reticências. No essencial, assina e vota com a maioria de direita. É isto que desacredita o PS, mais que as memórias do reino de compadres governado por José Sócrates.
Seguro assumiu a liderança do partido prometendo «um novo PS», mas a promessa do novo e da novidade já é velha. Nada é novo, das renúncias à esquerda e das reverências à direita, passando pelo autoritarismo contra eventuais recalcitrantes. Provavelmente, a unidade coisa nova no PS é a absoluta ausência de novidade.
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