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Portugal tem 3.ª melhor actuação no combate às alterações climáticas

Posted: 3 de dez. de 2012 | Publicada por por AMC | Etiquetas: , ,

A crise está a ter efeitos positivos no ambiente. Portugal subiu oito lugares no índice sobre desempenho nas alterações climáticas, sendo o 3.º entre 58 países, um comportamento justificado pela crise e pela política energética, informou hoje a Quercus.
Os resultados da análise do CCPI (Climate Change Performance Index) 2013 foram anunciados na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP18), a decorrer em Doha, no Qatar, até 07 de dezembro e que reúne 194 países.
«Portugal ficou classificado em 6.º lugar (mas os 3 primeiros não foram atribuídos) em termos de melhor desempenho relativamente às políticas na área das alterações climáticas numa classificação a comparar 58 países que, no total, são responsáveis por mais de 90% das emissões de dióxido de carbono associadas à energia", refere a Quercus. Assim, "na prática Portugal é o 3.º melhor país", o melhor lugar de sempre, já que, tal como ano passado, os três primeiros lugares não foram atribuídos pois os peritos responsáveis pela classificação consideraram não haver qualquer país merecedor.
O vice-presidente da Quercus, Francisco Ferreira, que participa na conferência de Doha, afirmou que, "como o relatório salienta, não deixa de ser espantoso que Portugal seja o terceiro país melhor classificado". Falando à agência Lusa, por telefone, o ambientalista avançou que a subida de Portugal do 14.º lugar "surpreende pela positiva, mas também pela negativa". "Conseguimos este lugar muito à custa da crise que nos tem vindo a afetar e que tem levado a que se reduzam muito os consumos energéticos, na eletricidade e no gás, e na parte rodoviária, no gasóleo e na gasolina", explicou. "Temos agora consumos por pessoa relativamente baixos e a tendência é de decréscimo", frisou Francisco Ferreira. O responsável da Quercus referiu também o papel das renováveis, "quer o seu aumento, quer pelo que já representam para o país, [que é] bastante relevante". Por isso, alertou, o Governo "não deve descurar de forma alguma, na sua política climática, os investimentos nesta área".
Para a Quercus, o objetivo é fazer com que fracas emissões se consigam, "acima de tudo, a partir da redução do desperdício, pelas indústrias e pelas pessoas em casa", que evitam gastos devido ao aumento dos preços e à crise, e que "continuarão a manter estes níveis, mas melhorando a sua qualidade de vida, quando a crise for ultrapassada". E isso "só se consegue com uma política proativa de eficiência energética, de preços que promovam a eficiência", disse Francisco Ferreira, realçando que "não se pode perder esta oportunidade".
Portugal partilha os três primeiros lugares com Dinamarca e Suécia, sendo as piores posições ocupadas pelo Canadá, Cazaquistão, Irão e Arábia Saudita. Na União Europeia, a Holanda substitui a Polónia no pior desempenho, enquanto o Brasil tem uma das maiores quedas, ao passar do 7.º para o 33.º lugar, devido à desflorestação. A Índia recuou seis lugares e a China melhorou três, enquanto os EUA subiram nove posições, para o 43.º, devido à crise económica e à redução do uso de carvão.
O índice sobre desempenho nas alterações climáticas (Climate Change Performance Index - CCPI) é da responsabilidade da organização não-governamental de ambiente GermanWatch e da Rede Europeia de Acção Climática, integrada pela Quercus.

via TSF


Cada português produziu 487 quilos de lixo em 2011


Cada português produziu 487 quilos de lixo em 2011, mais de um quilo por dia, totalizando quase cinco milhões de toneladas, e mais de metade foi para aterro, segundo um relatório da Agência Portuguesa do Ambiente.
O Relatório do Estado do Ambiente 2012, disponível no site da APA, conclui que a produção de resíduos urbanos em Portugal continental foi de 4,894 milhões de toneladas em 2011, menos 6% que no ano anterior, mais ainda assim acima da meta prevista no plano estratégico desta área, que é de 4,768 milhões de toneladas.
A produção de resíduos urbanos por habitante foi 487 quilos, o que corresponde a 1,33 quilos por dia, abaixo do valor da União Europeia que era de 502 quilos em 2010.
A região de Lisboa e Vale do Tejo lidera a produção de lixo, com 39%, seguida da região norte, com 31%, e em terceiro lugar aparece o centro, com 16%.
Do total de lixo urbano produzido, somente 15,6% tem como destino a recolha selectiva.
No ano passado, a deposição em aterro continuava a ser o destino de mais de metade dos resíduos urbanos (58%), embora registe uma redução de 3% na comparação com 2010.
O restante lixo teve como destino a incineração com recuperação de energia (20%), a recolha selectiva para reciclagem (14%) e a valorização orgânica (9%). Qualquer uma destas soluções apresentou crescimentos reduzidos, de 2% na incineração e de 1% nas restantes.
Mais de metade dos resíduos de embalagem foi reciclado, ou seja 57% do total de 1,584 milhões de toneladas, tendo sido cumprida, e mesmo ultrapassada, a meta prevista para 2011 (55%). A valorização das embalagens usadas foi conseguida em 62% deste lixo.
Do total de lixo produzido, cerca de 54%, ou 2,620 milhões de toneladas, foram resíduos urbanos biodegradáveis que o plano estratégico para os resíduos sólidos urbanos até 2016 pretende sejam cada vez mais valorizados e desviados do aterro.
Em 2011, do total de lixo biodegradável produzido, dois terços (63%) foi encaminhado para aterro, 21% teve valorização energética, 10% foi valorizado organicamente e 6% foi reciclado, principalmente papel e cartão. link

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