Leio no jornal i:
O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, foi passar os últimos dias do ano ao Rio de Janeiro, Brasil, e esteve num dos mais luxuosos hotéis da “Cidade Maravilhosa”, o emblemático Copacabana Palace. Mas não foi o único. O ex-administrador da SLN, holding que era detentora de 100% do BPN – Banco Português de Negócios, Dias Loureiro, e o ex-ministro das Cidades, Administração Local, Habitação e Desenvolvimento Regional, José Luís Arnaut, também lá estiveram (...).
A diária no Copacabana Palace (...) custa um mínimo de 600 euros e o preço médio por dormida é de 800 euros, sem incluir taxas de serviços de hotel ou pequeno-almoço – e a preços de balcão. Uma refeição no hotel pode custar bem mais que a pernoita e os preços sobem em época alta, como acontece nos períodos de Natal e Ano Novo (...).
As reacções não se fizeram esperar. As redes sociais fazem eco da falta de decoro.
Bastaria o caso do 'Buraco do BPN' (*) para transformar o Réveillon destes senhores num festejo escandalosamente obsceno. A miséria e a pobreza para onde os portugueses foram atirados, por conta dos desvarios e compadrios continuados na gestão dos dinheiros públicos, somada aos sacrifícios brutais que o Governo lhes tem decretado e ao «enorme aumento de impostos» (palavras do próprio ministro das Finanças) aprovado para 2013 torna tudo simplesmente imoral.
Cf. a este propósito:
- Reportagem: Buraco do BPN pode chegar aos 7 mil milhões de euros
- Ex-políticos não pagam dívidas ao BPN
- A cratera do BPN e os nossos sacrifícios
e também:
(*) Dossiers sobre o caso no Expresso, Jornal de Negócios, DN (aqui), Público, Sol, Esquerda.net, Tretas.org.
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