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Derrocadas e inundações fizeram mais de uma centena de mortos no Estado do Rio de Janeiro. O número de vítimas deverá aumentar à medida que as equipas de socorro chegam a novas localidades atingidas. O governador do Estado enviou helicópteros para auxiliar nos salvamentos. Teresópolis, a localidade mais atingida, já declarou o estado de emergência. Chuvas torrenciais atingem também fortemente os estados de São Paulo e de Minas Gerais, tendo já causado um número indeterminado de mortes.
[ACTUALIZADA]
Chuvas causam 237 mortes nas serras do Rio de Janeiro
foto: Bruno Domingos
As fortes chuvas que têm atingido o Sudeste do Brasil e a região serrana junto ao Rio de Janeiro já causaram pelo menos 237 mortes nos últimos dois dias.
Em Teresópolis morreram 122 pessoas, outras 18 em Petrópolis e 97 em Nova Friburgo, adiantou o “Folha de São Paulo”.
A protecção civil de Teresópolis confirmou 122 mortes esta quarta-feira, mas teme-se que o número de vítimas possa ainda aumentar. Em Petrópolis o número de mortos pode chegar aos 40 porque muitas pessoas terão sido arrastadas pelas águas, o que está a dificultar a localização dos corpos, adiantou "Folha de São Paulo".
Até ao final da tarde desta quarta-feira tinham sido confirmados 97 mortos em Nova Friburgo. Roberto Robadey, comandante da protecção civil, adiantou ao "Folha de São Paulo" que o número de vítimas deve aumentar ainda mais, pois as equipas de socorro não tinham conseguido chegar a várias localidades afectadas pela chuva.
A Marinha mobilizou dois helicópteros para resgatar as vítimas e o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que se encontra fora do país e só regressará esta quinta-feira, conversou ao início da tarde com a Presidente Dilma Rousseff para estabelecer novas medidas de emergência.
Em toda a região serrana, que fica a cerca de 100 quilómetros do Rio de Janeiro, houve inundações e deslizamentos de terras causados pelas chuvas torrenciais. Uma das zonas mais afectadas é o bairro de Caleme, em Teresópolis, situado num vale ao longo da estrada que liga Teresópolis a Itaipava, adiantou “O Globo”. O aluimento de terras deixou casas e carros soterrados e pelas ruas e há vários corpos cobertos no chão, adiantou o diário brasileiro. O prefeito da cidade, Jorge Mário Sedlacek, decretou o estado de calamidade pública, haverá já cerca de 1200 desalojados.
O mau tempo atingiu a região serrana do Rio de Janeiro, sobretudo na segunda e na terça-feira. O canal de televisão Globonews tem mostrado imagens recolhidas a partir de helicóptero em que se vêem torrentes de água e casas destruídas pelos aluimentos de terra. As equipas de resgate estão a tentar avaliar a destruição provocada e o mais provável é que o número de vítimas venha a aumentar.
“Esta é uma grande catástrofe, uma grande calamidade”, disse à GloboNews Jorge Mário Sedlacek. Várias estradas ficaram destruídas, cerca de mil pessoas terão ficado sem abrigo. Muitas zonas de Teresópolis ficaram sem electricidade e sem telefone.
"Nunca tinha visto nada como isto, a não ser na televisão", disse à AFP Ângela, uma empregada doméstica de 55 anos. "Parecia um filme de terror. As casas e os carros eram levados pelas correntes de água".
As equipas de socorro já instalaram um abrigo provisório onde estão a ser servidas refeições aos que ficaram desalojados, adiantou a AFP. Um responsável da protecção civil, Flavo Castro, apelou através da GloboNews a que a população afectada procure abrigo em escolas e igrejas.
Pelo menos 80 bombeiros estão a procurar socorrer as vítimas do mau tempo, e três bombeiros morreram depois de a viatura em que seguiam ter sido atingida por uma derrocada, adiantou “O Globo”. Há vários locais onde já só é possível chegar de helicóptero.
No ano passado, 473 pessoas morreram no Brasil devido às fortes chuvas, sublinhou ontem o “Estado de São Paulo”.
publicado em O Público
Cheias no Brasil
Chuvas intensas e deslizamentos de terras fazem centenas de mortos
12-01-2011 14:54
Pelo menos 21 mortos no Rio de Janeiro devido às chuvas
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