via TV IG
O Parque Indígena do Xingu é a maior área protegida destinada a povos indígenas existente no Brasil. Fica no meio da floresta amazônica e lá vivem cerca de seis mil índios, em livre fidelidade aos seus costumes e ritos ancestrais.
Criado em 1961, o Parque Indígena do Xingu ocupa uma área de mais de 27 mil quilómetros quadrados em uma região plana entre o planalto central e a Amazônia, a nordeste do Mato Grosso.Terceiro maior parque indígena do mundo, o Xingu alberga cinco mil habitantes de 16 etnias e 204 tribos distintas.
Os turistas que desejam conhecer o parque têm como principal porta de entrada a cidade de Cuiabá, capital do Mato Grosso (famosa pelas cachoeiras da Chapada Diamantina), mas também podem passar por Várzea Grande, Feliz Natal (onde fica o parque e a cerca de 520 km de Cuiabá) e Sinop.
Para entender melhor a região do Xingu, ela pode ser dividida em três sub-regiões: o Baixo Xingu, ao norte, o Médio Xingu, ao centro, e o Alto Xingu, ao sul, onde ficam os afluentes que formam o rio Xingu. No Alto Xingu vivem povos culturalmente muito semelhantes. No Médio Xingu vivem os Trumai, os Ikpeng e os Kaiabi. Ao norte, no Baixo Xingu, vivem os Suyá, Yudjá e Kaiabi.
O Parque aceita a visita de turistas, mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, órgão do Ministério da Saúde, recomenda a vacinação contra a febre amarela, uma vez que o Mato Grosso é considerado uma das zonas endémicas brasileiras.
A vacina é gratuita, vale por dez anos e tem que ser tomada pelo menos dez dias antes da viagem. Não devem tomar a vacina grávidas, crianças com menos de seis meses, pessoas alérgicas a proteínas de ovo, portadoras de imunodeficiência, pessoas contaminadas pelo vírus HIV ou que estejam usando medicamentos quimioterápicos ou à base de corticosteróides. Essas pessoas devem apresentar um documento em que constem os motivos médicos pelos quais não pode ser vacinado.
Entre as actividades abertas aos turistas estão a participação no roteiro do Xingu e a visita a aldeias dos Waurá e Trumai. É igualmente possível passear pela Mata Atlântica e ver de perto os rios, bem como acompanhar os jacarés ao longo do Von den Steinen e pescar, utilizando as técnicas de localização e captura usada pelos índios da região.
Na visita à aldeia, que pode durar até quatro dias, os turistas são recebidos pelos próprios índios e convidados a assistirem a danças e rituais, além de conhecerem as histórias dos povos indígenas e participarem no seu quotidiano.
Entre os rituais mais famosos dos índios do Xingu está o Kuarup, uma homenagem aos mortos ilustres. O ritual é centrado na figura de Mawutzinin, primeiro homem do mundo, segundo a sua crença, e que teria nascido com o objectivo de trazer os mortos de volta à vida.
Sobre o filme Xingu, aqui no Conexão:
- "Xingu" lidera participação de filmes brasileiros no Festival de Berlim
- Marina Villas Bôas guarda memória de uma das maiores aventuras brasileiras do Séc. XX
- “Xingu” tem primeira exibição mundial no 8º Amazonas Film Festival, em Manaus
- Ficou hoje disponível a prévia do filme "Xingu", de Cao Hamburger
- Fotografias: filmando "Xingu"
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