Saíram os novos prognósticos:
Uma sondagem da Intercampus para a TVI dá ao PSD uma vitória com 38,7 por cento dos votos, não muito longe dos 33,1 por cento do PS.
As sondagens valem o que valem. Ainda assim, para quem goste de se deitar a reflectir um pouco sobre as coisas, esta não deixa de ser sintomática. O PSD está na oposição há tantos anos quantos o PS no poder. Da mesma maneira que, para as eleições de 5 de Junho, Sócrates não consegue capitalizar benefícios sendo Governo, Passos Coelho não consegue descolar sendo o maior partido na oposição.
A avaliar por experiências anteriores recentes, o galope da abstenção ainda não se deixou propriamente domar, que é como quem diz medir com justeza pelas empresas de sondagens. De tão desenfreado e imprevisível arranja sempre como resistir, por mais fórmulas S.O.S que lhe apliquem. Por causa dessa sua natureza intempestiva, a abstenção tem acabado sempre por fazer derrapar as estimativas, minguando os números de um lado e do outro para, no final, estreitar invariavelmente a percentagem de intervalo prevista à diferença. Assim sendo, os 5,6 por cento que separam os dois partidos do 'centrão' poderão muito bem vir a reduzir-se mais ainda nas urnas. Mais uma razão para não desprezar nenhum sinal: a colagem PS/PSD quer dizer qualquer coisa. Quer, aliás, dizer muita coisa. Do posicionamento político (visão do país, programa eleitoral e propostas de resposta à crise, incluídas) à percepção que o eleitorado tem de ambos os partidos: iguais, equiparáveis, com pouca ou nenhuma diferença que os separe.
Resta saber se a proximidade de percentagens vai ser apenas má para o PS e para o PSD ou se, uma vez mais, Portugal também continuará a perder com ela.
0 comentários:
Postar um comentário