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A Feira do Livro: no Parque Eduardo VII, em Lisboa

Posted: 2 de mai. de 2011 | Publicada por por AMC | Etiquetas: , , , ,


Novidades registadas numa primeira incursão pela Feira do Livro: a mais gritante, diria, é de facto a proliferação de e-books. Depois a tenda longa, em forma de túnel, que assinala a primeira presença da Babel no recinto. Uma oferta ampla de leituras e uma agradável surpresa: obras de Jorge de Sena!
A Bertrand imitou a lógica da Leya e ambas agregam os seus vários pavilhões num espaço delimitado no recinto. Esta última, junta aos livros propostas de jazz ao final da tarde, em parceria com a Out of the Blue e com a escola de jazz Luís Villas-Boas/Hot Club de Portugal.
No geral, a geografia mantém-se idêntica: quatro praças identificadas por cores, cada uma com um palco, um auditório, pavilhão de informação. Para além das habituais sessões de autógrafos e painéis de palestra e mesas-redonda, é de reter que todos os domingos haverá um debate sobre os melhores livros do ano (divididos pelas categorias de ficção, não ficção e infanto-juvenil) e que o dia 5 de Maio será dedicado à língua portuguesa.
O Brasil é o "convidado de honra" da Feira. Espera-se a presença de vários escritores brasileiros, como Laurentino Gomes, Fabiano dos Santos e Cristovão Tezza.
No mais, registei que há muita polícia por todo o lado, embora ninguém queira assumir que teme o aumento dos roubos. Apesar da  ministra da Cultura negar que a crise possa comprometer o negócio, sente-se por todo o lado que a falta de dinheiro é um problema. As pessoas suspiram diante dos livro e voltam a colocá-los nos expositores entre queixas e lamentos. Nota-se, aliás, que quando se aproximam dos quiosques o seu olhar procura as palavras mágicas "descontos", "em promoção", "preço especial". É aí que centram a atenção e as buscas, como se preferissem nem ver as publicações a que a bolsa não chega. Do lado dos livreiros e editores, é igualmente visível que as dificuldades económicas não passam despercebidas. A maioria torna as promoções reservadas aos 'Livros do Dia' extensivas a obras que não constam da lista, assim que percebe interesse por parte do visitante. Não raras vezes, descobre-se igualmente que a chamada 'Hora H' foi dilatada por iniciativa própria de cada stand, ou seja, que a facilidade de adquirir determinadas obras por 50% do preço entre as 22h e as 23h, de 2ª  a 5ª feira, ganhou novas regras. Muitos expositores assumem  a promoção a qualquer hora do dia, outros admitem fazê-la recair sobre obras que, inicialmente, nem sequer tinham incluído na lista em saldo, etc. Em resumo: percebe-se uma abertura que torna tudo negociável de modo a juntar o útil ao agradável, que é como quem diz, os visitantes querem comprar mas trazem pouco dinheiro, os editores e livreiros querem vender mas sabem que o melhor é facilitar no preço e nas condições.

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