Colectiva de imprensa do ministro da Fazenda, Guido Mantega e Christine Lagarde, a ministra de Finanças da França e candidata à presidência do FMI. foto: Ueslei Marcelino
Leio na Reuters:
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta segunda-feira considerar "ultrapassada" a regra informal que determina que o Fundo Monetário Internacional (FMI) é tradicionalmente dirigido por um europeu.
Após almoço com a ministra de Finanças da França, Christine Lagarde, candidata a assumir a presidência do Fundo, Mantega afirmou que, para o Brasil, o importante é que a instituição continue trajetória de reformas, dando mais peso aos emergentes.
O dirigente do FMI deve ser de qualquer nacionalidade, desde que seja competente e comprometido com agenda de reformas, afirmou o ministro.
Mantega reconhece: 'Emergentes' não têm candidato comum ao FMI
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que os países emergentes não têm um candidato em comum para o cargo de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Ao lado da candidata europeia, a ministra das Finanças da França, Christine Lagarde, ele declarou que o Brasil vai aguardar até 10 de junho, para definir sua posição.
"Não há candidato de emergentes neste momento", disse o ministro, ao ser questionado se o apoio da China a Lagarde significava um alinhamento de posição dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Segundo Mantega, o importante é que os países emergentes mantenham e ampliem o espaço que conquistaram no FMI, nos últimos anos, de forma a "participar das decisões e ajudar a encontrar soluções."
Segundo Mantega, na gestão do francês Dominique Strauss-Khan, afastado do comando do FMI por acusação de crime sexual nos Estados Unidos, ocorreram avanços como a recomendação de políticas anticíclicas no combate à crise de 2008, e reformas estruturais com previsão de término ao fim de 2014.
"Abriu-se mais espaço no FMI para os emergentes. O Brasil defende é que essa filosofia seja mantida, e que o plano de reformar prossiga", disse o ministro.
Ele disse que a participação do Brasil no organismo internacional deve subir de 1,4% para 2,3% das cotas, até 2012. Reiterou que o Brasil apoia a competência, e não está preocupado se os europeus estão no FMI por 26 anos.
Em entrevista ao lado da ministra Lagarde, Mantega disse que viu com satisfação o fato de ela ter escolhido o Brasil para iniciar sua turnê de apresentação da candidatura ao FMI.
publicado no Valor Econômico
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