Leio na Agência Financeira:
A ministra do Ambiente manifestou-se hoje contra a privatização total das Águas de Portugal, mas admitiu abrir alguns sectores do grupo a capitais privados. Para a ministra Dulce Pássaro, quem defende a privatização global do grupo «desconhece a realidade do sector».
Esta semana, em entrevista à RTP1, o líder do PSD anunciou que o programa eleitoral do partido, que vai ser apresentado no domingo, prevê um amplo plano de privatizações, que inclui EDP, TAP, REN e Águas de Portugal.
Dulce Pássaro discorda da privatização da Águas de Portugal, alegando que o país fez importantes investimentos comunitários. «Mudar este quadro não se pode fazer sem articular tudo com a União Europeia», disse a ministra à Lusa.
Contudo, admitiu a possibilidade de abrir a capitais privados alguns sectores do grupo Águas de Portugal. «A participação de capitais privados não me faz confusão nenhuma. Não há preconceito nenhum», afirmou Dulce Pássaro. Segundo defendeu, «há áreas já diagnosticadas em que é desejável que entre o sector privado», incluindo «a parte dos resíduos».
Dulce Pássaro lembrou que já decidiu que uma infra-estrutura do grupo Águas de Portugal, para valorização de lamas de estações de tratamento de águas residuais, pode ser aberta a capital privado em 49%.
Ainda a propósito da eventual privatização parcial de algumas empresas do grupo, apontou à Lusa a possibilidade de as autarquias, que agora detêm 49% do capital, poderem assumir a maioria, comprando 2%. «Isso está acautelado», acentuou.
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