Espumas . Notas . Pasquim . Focus . Sons . Web TV . FB

Brasil anuncia apoio à reeleição de Ban Ki-moon na ONU

Posted: 16 de jun. de 2011 | Publicada por por AMC | Etiquetas: , ,

A presidente Dilma Rousseff manifestou na quinta-feira o apoio do Brasil à reeleição do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para cumprir um novo mandato como chefe da entidade, disse o porta-voz da Presidência, Rodrigo Baena. Ban, que visita o país e se reuniu com Dilma no Palácio do Planalto, busca um segundo mandato de cinco anos como secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), começando em janeiro.
Segundo Baena, Dilma manifestou apoio à candidatura de Ban e pediu também uma maior participação de países em desenvolvimento, como o Brasil, em órgãos da entidade. A reforma do Conselho de Segurança com a inclusão de novos membros permanentes é uma das bandeiras da política externa brasileira.
O chefe da ONU considerou também como "excelente candidato" José Graziano, nome brasileiro a diretor-geral da FAO, órgão da ONU para agricultura e alimentação.
Ele elogiou ainda a participação brasileira nas tropas de paz da ONU no Haiti e a liderança de Dilma em questões de gênero.

Cuba e outros latinos emperram reeleição de Ban na ONU

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas adiou na quinta-feira a votação para recomendar que Ban Ki-moon fique um segundo mandato como secretário-geral da ONU, depois que Cuba e outros países latino-americanos rejeitaram apoiá-lo, disseram diplomatas.
"Cuba está causando dificuldades com o Grulac (Grupo de Países Latino-Americanos e do Caribe), mas isso é apenas procedimental", disse um diplomata ocidental à Reuters sob a condição de anonimato. "Ban vai vencer, mas não está claro se o Grulac como bloco irá endossá-lo", acrescentou o diplomata.
Uma autoridade sênior da ONU, entretanto, afirmou que Cuba não está sozinha e que outros países da América Latina, incluindo México, Guatemala e Paraguai, levantaram preocupações. Falando sob condição de anonimato, ela disse que o México sugeriu que deveria haver mais de um candidato para a chefia da ONU.


Os diplomatas afirmaram que a votação do conselho para decidir se recomenda a reeleição do ex-chanceler sul-coreano como secretário-geral da ONU a partir de janeiro de 2012 foi adiada por um dia e ocorrerá na sexta-feira ao meio-dia do horário de Brasília.
Eles disseram que houve uma reunião inconclusiva do Grulac na tarde desta quinta e que outra foi marcada para antes da reunião do conselho de sexta-feira, durante a qual verão se o bloco concorda em endossar a candidatura de Ban à reeleição.
Se o Grulac não conseguir apoiar Ban, que até agora é o único candidato ao posto, isso não terá impacto no processo de votação. Mas poderá ser constrangedor para o chefe da ONU, que, segundo diplomatas, gostaria de ter o apoio oficial de todos os 192 Estados-membros e de todos os grupos regionais.
Em Brasília, Ban não comentou diretamente o adiamento, dizendo a repórteres: "espero que os Estados-membros tomem considerações positivas sobre meu humilde desejo de servir a esta grande organização".
Oficialmente, os chefes da ONU são eleitos pela Assembleia Geral sob a recomendação do Conselho de Segurança. Na verdade, são os cinco membros permanentes do conselho -- Grã-Bretanha, China, França, Rússia e Estados Unidos -- que decidem quem fica com o cargo.
Todos os cinco membros permanentes do conselho disseram que apoiam a reeleição de Ban.
Acredita-se que a Assembleia Geral aprove formalmente o segundo mandato de Ban na terça-feira. Cuba, o único país a indicar que pode ter problemas com a ideia de reeleger Ban, não pode evitar que ele obtenha um novo mandato.
Ban está em viagem à América Latina, onde tem se encontrado com líderes regionais. Ele não visitou Cuba.
Não estava clara qual a razão pela qual o governo cubano decidiu bloquear o consenso necessário no bloco Grulac, mas diplomatas ocidentais afirmam que Havana vê o secretário-geral da ONU sob influência dos Estados Unidos.

via Reuters (aqui e aqui)

0 comentários:

Postar um comentário