Hugo Chávez conversa com Palocci, à chegada ao Planalto. foto: António Cruz
Leio na Agência Estado:
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, relativizou o teor da conversa que teve hoje (6) com o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, ao chegar para reunião no Palácio do Planalto. “Falei com vários ministros, fiquei muito feliz em cumprimentar o Palocci. Falei com o ministro da Agricultura [Wagner Rossi], com todos. A todos eu disse 'força, força', 'força Brasil'", disse.
Perguntado sobre o episódio do aumento do patrimônio do ministro, conforme divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo, o presidente venezuelano disse que não falaria sobre o assunto. “Eu não me meto, por mais que você tente me tirar uma palavra a respeito. Eu não posso vir aqui e me imiscuir em um assunto que eu mal conheço. Eu tenho afeto pelo ministro Palocci, pelos ministros e ministras, pelo chanceler [Antônio] Patriota. Força Dilma, força Brasil, força para juventude”, disse, encerrando o assunto.
Recuperando-se de dores no joelho, Chávez evita subir a rampa do Palácio do Planalto
Ainda com dores no joelho esquerdo, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, evitou hoje (6) subir a rampa do Palácio do Planalto, optando pela entrada privativa do edifício. No salão principal, onde foi recebido pela presidenta Dilma Rousseff, e por ministros e diplomatas brasileiros e venezuelanos, Chávez, que está usando uma bengala, esbanjou simpatia e bom-humor.
Na fila de cumprimentos, o presidente venezuelano demorou bastante tempo. O primeiro a ser cumprimentado foi o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. Cobrado pela oposição a prestar esclarecimentos sobre sua atuação antes de assumir o cargo, Palocci recebeu palavras de apoio do venezuelano. “Força, força”, repetiu o presidente, em espanhol.
Ao ver os jornalistas no Planalto, Chávez se dirigiu a eles e contou que durante um passeio em uma praia venezuelana ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi parado por um grupo de pessoas. Curioso, Chávez perguntou se aquelas pessoas eram da imprensa. Segundo o presidente, em coro, o grupo respondeu que “sim”, mas que também “era gente”. A brincadeira provocou risos entre os presentes.
É a segunda vez em que Chávez e Dilma se reúnem, a primeira foi em janeiro na posse da presidenta. No começo de maio, o venezuelano agendou visitas ao Brasil, Equador e a Cuba. Mas, segundo ele, por recomendação médica, adiou as viagens para ficar de repouso por causa de uma inflamação no joelho esquerdo.
A vinda de Chávez ao Brasil estava marcada para o último dia 10, mesmo dia que o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês) divulgou relatório denunciando que o presidente da Venezuela havia prometido enviar, em 2007, US$ 300 milhões às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A informação foi negada pelas autoridades venezuelanas.
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