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Concurso bloqueado há 10 anos impede aproveitamento de metade do sangue recolhido em Portugal

Posted: 14 de jun. de 2011 | Publicada por por AMC | Etiquetas: ,

Leio em O Público:

Quase metade do sangue recolhido em Portugal não é aproveitado porque não existem condições para a separação nos vários componentes. Um concurso para adjudicar esse processamento está parado há dez anos. (...) A falta destes derivados de plasma custa a Portugal 70 milhões de euros por ano, uma vez que se tem de importar a quantidade em falta.



Álvaro Beleza, presidente do Instituto Português do Sangue (IPS) conta que das dádivas de sangue recolhidas, 400 mil unidades por ano vão para os hospitais directamente para transfusões.“Somos auto-suficientes em colheitas de sangue e o nosso sangue tem grande qualidade”, garante o responsável, desde Fevereiro no cargo, no dia em que se celebra o Dia Mundial do dador de Sangue. (...) Mas o problema, diz Beleza, está no processamento do plasma, cujos componentes fraccionados, como o concentrado de eritrócitos ou de plaquetas, entre outros, são usados em patologias ou cirurgias específicas, como noticiou hoje o Jornal de Notícias.
“Não temos indústria farmacêutica que o faça. O processo foi impugnado várias vezes, está bloqueado há dez anos. E são derivados caríssimos”, diz o responsável. Álvaro Beleza afirma que, desde que chegou ao IPS activou uma câmara de frio específica para este processamento e que já se conseguem processar 90 mil unidades por ano. “O IPS está acreditado para este serviço. Mas é uma questão administrativa”. E a falta destes derivados de plasma custa a Portugal 70 milhões de euros por ano, uma vez que se tem de importar a quantidade em falta. “Nunca seríamos auto-suficientes. Mas este custo podia ser minimizado”.
O sangue recolhido que não é aproveitado é destruído. “Ou encontramos indústria farmacêutica que fraccione o plasma ou inutilizamos. Ou então exportamos. Mas esse processo seria muito complicado”. E afirma que já alertou o Ministério da saúde para este problema. “Sei que estão a estudar este assunto”.

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