foto: Reuters
Leio em O Estadão:
Em declaração conjunta com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, a presidente Dilma Rousseff defendeu a integração e cooperação harmoniosa dos países latino-americanos, respeitando os direitos humanos.
"O Brasil sempre estará lutando pela integração dos nossos países, por uma harmoniosa cooperação e um modelo de desenvolvimento, sempre respeitando os direitos humanos, disse. "Acredito que houve grandes avanços nesta última década por esse espírito de cooperação e nós olhamos com muita esperança para o futuro de nossa região, e que tenhamos países muito desenvolvidos e democráticos", acrescentou Dilma, ao lado de Chávez, no Palácio do Planalto, após assinatura de atos.
Faço uma pausa na leitura: inevitável e obrigatoriamente remeto para aqui.
Sublinhado o ponto, e prosseguindo, a informação do que saiu dos acertos feitos entre o Brasil e a Venezuela segue em baixo, clicando no link para expansão de texto, juntamente com dois vídeos: um primeiro com a análise do Alon à visita presidencial e Hugo Chávez declarando que Dilma lhe «roubou o coração» e um segundo com a reportagem.
Segundo Dilma, o tempo coloca para o Brasil e a Venezuela desafios fortes nas áreas da economia, da política, da cooperação científica, dos direitos humanos e na área social. Ela destacou o aumento do comércio bilateral, no último ano, e ressaltou o interesse do Brasil em aumentar a importação de diesel e etanol venezuelano.
Chávez, por sua vez, enfatizou o trabalho dos dois países na erradicação da miséria, disse que a relação entre Brasil e Venezuela não se limita a um intercâmbio comercial e que a presidente Dilma está ajudando a consolidar um modelo de cooperação econômica, social e científica, que começou a ser implantado no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem define como oito "maravilhosos" anos de mandato.
Chávez aproveitou ainda para parabenizar o candidato nacionalista Ollanta Humala, que venceu as eleições para a presidência, no Peru. Na reta final da campanha Humala procurou se desvincular de Chávez (que o apoiou no pleito de 2006) para buscar apoio da classe média peruana.
Chávez diz que Dilma Rousseff roubou o coração dele:
Chávez elogia Dilma por manter a equipe de Lula:
Brasil e Venezuela ampliam parcerias no setor petrolífero
O encontro de cúpula entre os presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e Hugo Chávez, da Venezuela, resultou no acerto de uma série de acordos comerciais, com destaque no setor petrolífero, que prevê parcerias de empresas brasileiras com a estatal PDVSA (Petróleos da Venezuela). O mandatário venezuelano afirmou também que analisa a compra de oito até 20 aviões da Embraer para a venezuelana Confiasa.
Em entrevista coletiva, o presidente venezuelano cobrou discretamente o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para que a instituição aceite as garantias financeiras que viabilizariam o investimento de seu país na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. “Temos o dinheiro em nossa mão, só falta um requisito para acertarmos: que o BNDES aceite as garantias que a Venezuela oferece. O dinheiro temos há mais de dois anos. Estamos esperando o ‘sim’, mas não depende de nós”, disse Chávez.
Por outro lado, o assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, declarou que o assunto foi discutido hoje e tudo caminha para um acordo. “A boa notícia que nós tivemos é que haverá um acordo. E é isso que conta”, afirmou.
Acordos
Os dois presidentes assinaram um convênio de 637 milhões de dólares entre o BNDES e a PDVSA para a construção do estaleiro da Alba (Aliança Bolivariana das Américas), no Estado venezuelano de Sucre. O objetivo da obra é a construção de navios petroleiros e outras embarcações de diversos países sul-americanos.
Outro acordo de grande volume foi acertado entre a petroquímica brasileira Braskem com a PDVSA. Nele, os venezuelanos garantem o fornecimento de produtos como óleo cru, nafta e derivados, em troca de um financiamento de quatro bilhões de dólares para que o país sul-americano invista em obras de infraestrutura – muitas delas com participação de outras empresas brasileiras.
Sobre o acordo com a Embraer, Chávez afirmou que a compra poderá ajudar na criação de rotas aéreas entre os dois países. Hoje, há voos apenas de São Paulo para Caracas, mas os aviões poderão começar a partir também de Manaus e Brasília. Chávez disse que, dessa vez, os EUA não deverão proibir a Embraer de vender aeronaves porque não se tratam de aparelhos militares.
"Nós não pudemos comprar aqueles super-tucanos, lembram? Os EUA proibiram a empresa, e parece que isso se mantém. (...) Nesse caso não, aviões que não levam armamentos, não são militares. Estamos muito interessados, tenho o projeto nas mãos e demos prioridade a esse projeto porque nos permitiria a fortalecer nossa equação bilateral e estratégia", afirmou.
Mais cedo, no discurso conjunto entre os dois presidentes, Dilma lembrou que o crescimento do intercâmbio comercial bilateral foi de 4,7 bilhões de dólares no ano passado. Segundo ela, os dois países deverão integrar as cadeias produtivas em diversos setores econômicos.
Cf. também:
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