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Entretanto, em Lisboa: o presidente da República acaba de indigitar Passos Coelho primeiro-ministro de Portugal

Posted: 15 de jun. de 2011 | Publicada por por AMC | Etiquetas: ,

fotos: Presidência da República e Miguel A. Lopes

Leio em O Público:
À saída da audiência com o Presidente da República, Passos Coelho não falou como primeiro-ministro, apesar de já o ser. Cavaco Silva indigitou o líder social-democrata numa reunião a sós, após o encontro com a delegação do PSD. Passos Coelho esteve sozinho com Cavaco Silva cerca de meia-hora.
Foi após a saída do PSD do Palácio de Belém que foi distribuído o comunicado que confirmava o que se esperava: “Tendo em conta os resultados das eleições e o acordo de coligação estabelecido entre PSD e CDS, o Presidente da República indigitou hoje o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, para o cargo de primeiro-ministro.”


O próximo primeiro-ministro tem agora todas as condições para avançar com o processo de convites para os cargos ministeriais. Sobre o assunto, não quis adiantar novidades com a justificação de que o “Presidente da República será o primeiro a saber”. Mas a liderança de Passos Coelho começa já com um problema para resolver. O PSD vai mesmo avançar com o nome de Fernando Nobre para a presidência da Assembleia da República: “Que ninguém tenha dúvidas, eu sou um homem de palavra”, assumiu.
Nobre não contará, no entanto, com o apoio institucional do CDS que anunciou horas antes que a matéria não fazia parte dos acordos entre os dois partidos. Que Passos Coelho anunciou a assinatura para amanhã, quando se realizar a última reunião entre as duas forças políticas que serão a maioria parlamentar em São Bento.

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Presidente de Portugal nomeia líder social-democrata premiê


O presidente de Portugal, Aníbal cavaco Silva, nomeou o líder do Partido Social Democrata (PSD), Pedro Passos Coelho, como primeiro-ministro, segundo comunicado divulgado no site da Presidência nesta quarta-feira.
Os sociais-democratas venceram a eleição geral realizada em 5 de junho, ficando com 105 cadeiras no Parlamento de 230, derrotando os socialistas que estavam no poder.
Passos Coelho se reuniu com o presidente nesta quarta e formará um governo de maioria e de coalizão com o partido direitista CDS, que conquistou 24 cadeiras na eleição.
Mais cedo, o líder do CDS, Paulo Portas, anunciou que chegou a um acordo para formar uma coalizão com o PSD.
"O presidente pediu aos partidos que formem uma coalizão majoritária e Portugal terá esse governo estável, de maioria", disse Portas, depois de reunir-se com Cavaco Silva. "Chegamos a um acordo em todos os assuntos cruciais para o país."
Os investidores estão ansiosos por um novo governo que possa pôr rapidamente em prática os termos de um pacote de ajuda de 78 bilhões de euros acertado no mês passado com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional. O acordo prevê aumento de impostos, corte de gastos e reformas estruturais no país.
Passos Coelho deve assumir o governo na semana que vem.
Na semana passada o presidente pediu a Passos Coelho que iniciasse urgentemente o processo de formação do governo, a tempo de ele comparecer à cúpula europeia, que começa em 23 de junho.

via Reuters
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"Ouvidos os partidos representados na Assembleia da República, tendo em conta os resultados das eleições legislativas de 5 de Junho e o acordo de coligação estabelecido entre o PSD e o CDS, o Presidente da República indigitou hoje [...] Passos Coelho, para o cargo de Primeiro-Ministro," pode ler-se no comunicado.
Cavaco não perdeu tempo e convidou Passos a formar o Governo logo após a audição com o PSD - o último dos partidos chamado a Belém. Os dois estiveram reunidos a sós durante cerca de meia hora. Durante esse tempo Passos terá dado a conhecer a Cavaco os seus futuros ministros.
À saída, porém, Passos Coelho falou com os verbos no futuro, como se não tivesse ainda sido indigitado. O novo primeiro-ministro anunciou que amanhã PSD e CDS vão assinar publicamente o acordo de coligação.
Pedro Passos Coelho, prometeu apresentar um Governo "dentro da urgência que o país precisa", sublinhando que o Presidente da República será o primeiro a conhecer a sua composição.
"Quanto à estrutura do Governo, à sua composição, é uma matéria que estará do conhecimento do senhor Presidente da República quando o futuro primeiro-ministro for indigitado e puder começar a fazer convites para o futuro Governo", afirmou Pedro Passos Coelho.
"Até lá a comunicação social e o país terão que aguardar pelo processo de formação do Governo", acrescentou, prometendo ser "coerente" e apresentar "um Governo dentro da urgência que o país precisa".
Questionado sobre quem será o próximo ministro das Finanças, Passos Coelho escusou-se a adiantar qualquer nome, reafirmando apenas que pensou em "muitas pessoas" para o futuro executivo.
"Pensei em muitas pessoas para o futuro Governo que o PSD viesse a fazer. Disse mesmo durante a campanha eleitoral que tinha o Governo na minha cabeça e, portanto, pensei em muitas pessoas, mas não vou individualizar nenhuma delas", declarou.
Recordando que a formação do Governo "é um processo próprio" e será conduzido pelo primeiro-ministro indigitado, Passos Coelho reforçou a ideia de rapidez.

O caso Fernando Nobre

Passos confirmou o que duas horas antes Paulo Portas anunciara em primeira mão: o nome de Fernando Nobre para presidente da Assembleia da República não consta do texto.
Mesmo sem a garantia da eleição, o líder do PSD garantiu que vai cumprir a sua palavra e apresentar o nome de Nobre ao grupo parlamentar do partido para que seja proposta.
"Eu sou um homem de palavra, convidei o doutor Fernando Nobre para ser o candidato do PSD à presidência da Assembleia da República e nessa medida irei apresentar na altura própria o nome do doutor Fernando Nobre ao grupo parlamentar do PSD, que o proporá para presidente da Assembleia da República", referiu, insistindo que o processo decorrerá "no âmbito parlamentar, não no âmbito do Governo".

publicado no Diário de Notícias


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