A nova ministra lamentou a saída de Antonio Palocci do cargo e defendeu o ex-ministro das acusações de tráfico de influência e enriquecimento ilícito. “Para nós também é um momento triste. Nós sabemos do relatório da Procuradoria-Geral da República, que colocou de maneira clara a situação do ministro, que não há nenhum problema. É uma pena. É um companheiro de partido e de caminhada.”
Perfil da nova ministra
Gleisi tem 45 anos, é advogada e filiada ao PT desde 1989. Em 2002, trabalhou na equipe de transição do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Naquela oportunidade, conheceu a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e a a presidenta Dilma Rousseff, que assumiu em seguida o Ministério de Minas e Energia.
Preside o PT do Paraná desde 2008 e é mulher do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
Na política, Gleisi disputou uma vaga para o Senado em 2006, mas perdeu. Em 2008 concorreu à prefeitura de Curitiba. Só no ano passado conquistou a primeira vitória, tendo sido eleita para o seu primeiro mandato, como a primeira senadora do Paraná.
Foi diretora financeira de Itaipu Binacional por quatro anos e secretária de Gestão Pública de Londrina (PR) e de Reestruturação Administrativa de Mato Grosso do Sul. No PT, faz parte da corrente “Construindo um Novo Brasil”.
A nova ministra da Casa Civil deverá ser substituída no Senado por Sérgio Sousa (PMDB-PR).
* com Agência Brasil
[ACTUALIZAÇÃO]
A trajetória política de Gleisi Hoffmann
Mulher do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, Gleisi Helena Hoffmann, de 45 anos, já atuou por duas vezes em setores do Poder Executivo, como secretária extraordinária de Reestruturação Administrativa no primeiro mandato de Zeca do PT à frente do governo de Mato Grosso do Sul, em 1999, e como secretária de Gestão Pública da Prefeitura de Londrina, em 2001. Também foi a responsável pela Diretoria Executiva Financeira da Itaipu Binacional entre 2003 e 2006.
Nascida em Curitiba no dia 6 de setembro de 1965, formou-se em Direito em 1989. Ela já tentou por uma vez, em 2008, conquistar o cargo de prefeita da capital paranaense, mas foi derrotada por Beto Richa (PSDB), hoje governador do Estado. Antes, em 2006, havia tentado uma vaga no Senado pela primeira vez, conquistando 45,14% do total da votação. Na segunda tentativa, no ano passado, foi a candidata mais votada para o cargo com mais de 3,1 milhões de voto. Contou particularmente com o apoio integral do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da candidata Dilma Rousseff.
O ministro das Comunicações de Dilma é seu segundo marido, com quem tem dois filhos, João Augusto e Gabriela Sofia. A militância política vem dos tempos de estudante nos colégios Nossa Senhora da Esperança e Nossa Senhora Medianeira, com os grêmios estudantis e, posteriormente, como dirigente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes). Gleisi fez também especialização em Gestão de Organizações Públicas e Finanças Públicas.
O movimento estudantil colocou-a em contato com o PC do B, seu primeiro partido político. Mas o contato com a classe política veio no período da faculdade quando, para pagar os estudos, passou a trabalhar como assessora parlamentar na Assembleia Legislativa do Paraná e, posteriormente, como assessora do então vereador Jorge Samek, que se elegeu pelo PMDB, na Câmara Municipal de Curitiba. O mesmo Samek que mais tarde a levaria para um cargo em Itaipu Binacional, ocupado pela primeira vez por uma mulher, e que a conduziu ao PT em 1989.
Em entrevista na época da campanha eleitoral para a prefeitura de Curitiba, Gleisi destacou que foi nesse período que ela se interessou por orçamento público. "O PT precisava entender sobre o orçamento de Curitiba para poder estabelecer seus debates políticos a respeito das prioridades de investimentos na cidade", justificou. O interesse pela política levou-a à liderança dos petistas no Paraná, onde chegou a presidir o partido, e a participar do diretório nacional do PT.
via Estadão
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