Leio em O Público:
O Governador do Banco de Portugal disse hoje que não é possível “esconder” a difícil situação que o país está a atravessar, defendendo o papel do voluntariado para ultrapassar o período de crise.
“Vamos atravessar um período muito difícil na sociedade portuguesa, não vale a pena esconder”, disse Carlos Costa. Para o Governador, a crise é “também o tempo em que o movimento voluntário se põe à prova”, pelo que esta é a oportunidade ideal para este crescer. O regulador alertou ainda a necessidade de o voluntariado se institucionalizar, tornando-se mais organizado, uma vez que as “iniciativas individuais desaparecem com o indivíduo”. É necessário transformar “o esforço individual em esforço colectivo”, reiterou.
Carlos Costa citou o economista escocês do século XVIII Adam Smith para concordar que a divisão do trabalho é condição essencial para o crescimento, considerando que ou o voluntariado reforça a sua organização ou não passará de “uma congregação de boas vontades”.
O Governador apelou ainda aos reformados para se dedicarem ao voluntariado. “Vivemos numa sociedade de consumidores de acontecimentos em vez de produtores. O voluntário tem a possibilidade de passar do sofá para a vida onde intervém e produz acontecimentos”, afirmou Carlos Costa, acrescentando que “a melhor maneira de ser feliz é ser produtivo”.
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