Tal como já aconteceu no passado, a Ryanair aproveitou a ameaça de greve na TAP - que, no mínimo irá deixar 320 mil passageiros em terra - para se promover, convidando os clientes da transportadora aérea nacional a «a proteger as suas férias de verão», cancelando as reservas e optando, em vez disso, pelos seus serviços e tarifas de baixo custo.
«Enviámos aos dirigentes do SNPVAC 10 rosas em representação dos seus 10 dias de greve e do apreço que sentimos por eles aumentarem o nosso negócio», confirma Daniel de Carvalho, responsável da companhia irlandesa Ryanair, que em Portugal opera a partir de Porto e Faro.
Em volta do ramo, a companhia concorrente escreveu "Nós amamos o SNPVAC", indo ao pormenor de substituir a palavra "amamos" por um coração vermelho, explica-se no portal de notícias Low cost Portugal.
«A Ryanair começa a gostar do Sindicato Nacional de Pessoal de Voo da Aviação Civil, que continua a causar incertezas aos passageiros da TAP na época alta do ano, porque agora - com esta greve insensata de 10 dias - ainda mais passageiros vão preferir as tarifas baixas da Ryanair, sem greves, para viajar este verão», adianta o responsável da empresa, citado no comunicado.
Mas o responsável da Ryanair, companhia conhecida pela sua comunicação agressiva e pelas posições comerciais controversas do seu diretor-executivo, Michael O´Leary, vai mais longe.
«Colocámos estes dinossauros do SNPVAC no topo da nossa lista de envio de cartões de Natal pelos seus contínuos esforços em encorajar os passageiros da TAP a mudar para o serviço sem greve e de tarifas baixas da Ryanair. Pensamos que o SNPVAC é um sindicato tristemente equivocado e iludido», conclui Daniel de Carvalho, para quem «claramente, os tripulantes da TAP não têm consideração pelos passageiros e as suas famílias».
Recordando: em Março do ano passado, quando os pilotos da TAP ameaçaram entrar em greve, a Ryanair também não desperdiçou a ocasião, lançando uma campanha especial para os dias de paralisação previstos pelos trabalhadores. Ostensivamente, chamou à acção promocional: "23 rotas livres de greves". Poucos meses depois, a low cost decidiu provocar directamente o presidente da TAP, Fernando Pinto, oferecendo-lhe uma viagem de avião para «experimentar a eficiência e pontualidade da companhia líder em tarifas baixas».
Este tipo de acções são frequentes na estratégia de comunicação da Ryanair que, em vez de investir em campanhas publicitárias mais tradicionais, opta sempre por aparições polémicas que acabam por ser muito mediatizadas.
Este tipo de acções são frequentes na estratégia de comunicação da Ryanair que, em vez de investir em campanhas publicitárias mais tradicionais, opta sempre por aparições polémicas que acabam por ser muito mediatizadas.
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