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Rossi elogia Dilma mas sublinha que não aceita amnistia aos desmatadores

Posted: 17 de jun. de 2011 | Publicada por por AMC | Etiquetas: , ,

Leio no Estado de S. Paulo:

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, defendeu hoje a posição da presidente Dilma Rousseff, que não aceita a anistia a desmatadores em áreas consolidadas. "Eu estou ao lado dela 100%. Não aceito que o tratamento seja dado igual aos que desmataram sem tratamento legal", afirmou Rossi, dirigindo-se à presidente Dilma, que participa da cerimônia de lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012, em Ribeirão Preto, no interior paulista.
O ministro disse ter certeza de que "o Congresso será capaz de corrigir os arroubos de um processo que foi equivocado". Citou ainda os avanços obtidos no projeto aprovado, com o aval da presidente. "Ninguém acreditava na ousadia da junção das APPs (Áreas de Preservação Permanente) com a reserva legal, na compensação de áreas", disse. "Foi a orientação da senhora (Dilma) que permitiu os avanços no Código Florestal", afirmou.



Dilma visita Ribeirão Preto em 'desagravo político' ao peemedebista Wagner Rossi

Em uma espécie de ato de desagravo político após o quase rompimento com o PMDB, a presidente Dilma Rousseff participará nesta quinta do lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2011-2012 em Ribeirão Preto (SP), base política do ministro da Agricultura, Wagner Rossi (PMDB), que quase perdeu o cargo em maio, quando o ex-ministro Antonio Palocci e o vice-presidente Michel Temer discutiram por telefone a respeito da falta de apoio de peemedebistas à proposta do governo na votação do novo Código Florestal na Câmara. Dilma, Temer e Rossi dividirão em breve o mesmo palco, no Teatro Pedro II com cerca de 500 pessoas.
O novo Plano Agrícola destinará R$ 107,2 bilhões para financiar a produção. Neste ano, haverá uma nova linha de crédito destinada à pecuária, para investimentos na compra de reprodutores e matrizes de bovinos e búfalas. Outra novidade anunciada pelo ministério é o investimento de R$ 3,15 bilhões em atividades agropecuárias de mitigação de emissão de gases com efeito estufa.
A discussão entre Temer e Palocci aconteceu no dia 23 de maio, em telefonema acompanhado em viva-voz no Planalto. O ex-ministro da Casa Civil teria repassado a disposição de rompimento de Dilma, caso o PMDB ajudasse a aprovar a emenda 164, que dispensa a recupreção de áreas desmatadas até 2008. Temer teria respondido que não estava preocupado com um "ministério de merda" (Agricultura) e ofereceu a carta de demissão de todas as pastas da sigla. Depois, com os ânimos esfriados, houve tentativa de ultrapassar o episódio, com uma foto oficial de Dilma e Temer na base aérea de Brasília. Mas ainda há mal-estar pelo ocorrido.

Wagner Rossi elogia Dilma mas diz que Congresso corrigirá 'arroubos' do Código Florestal

Ao encerrar seu longo discurso no lançamento do Plano Agrícola e Pecuário, o ministro Wagner Rossi (PMDB) aproveitou para fazer elogios à presidente Dilma Rousseff e tentar desfazer qualquer mal estar remanescente da crise com o partido quando ocorreu a votação do Código Florestal na Câmara - o episódio quase resultou no rompimento do governo com a base peemedebista no fim de maio. Rossi chamou de "arroubos desnecessários" a tentativa de igualar desmatadores ilegais àqueles que desmataram dentro que era "a lei da época". E disse que apoiará a correção desse "equívoco" no Congresso.
Após elogiar Dilma pelas concessões no projeto do Código Floresta que beneficiaram os agricultores, Rossi tocou no assunto mais espinhoso:
- No final, ela (Dilma) exigiu uma única coisa. E digo que estou ao lado dela 100%. Eu não aceito que o tratamento seja igual para quem desmatou pela legalidade, na lei da época, e aqueles que querem fazer do desmatamento um pecado capital! Eu tenho certeza que a Agricultura irá apoiar isso. O Congresso Nacional saberá corrigir os arroubos desnecessários de um processo que foi equivocado. Não seria justo deixar de dizer que devemos à senhora os avanços conseguidos. Não se pode tratar os legais e os ilegais da mesma maneira! - disse Rossi. 

Dilma: país tem "posição excepcional" para fornecer alimentos

No lançamento do Plano Agrícola e Pecuário, a presidente Dilma Rousseff fez elogios à importância dos grandes agricultores, especialmente para a criação de superávit comercial do país, mas não deixou de citar "aqueles que criam conflitos" com a legalidade. Ela não citou diretamente o Código Florestal e o debate da anistia aos desmatadores, mas, na mesma linha do ministro Wagner Rossi, minimizou as discordâncias:
- Aqueles que criam conflitos, aqueles que não respeitam a legalidade e tentam instituir ações que nós repelimos, que não sejam legais e dentro das normas do país, eles são uma minoria. Por isso, quando venho aqui, nesta cerimônia, lançando o Plano Safra 2011-2012 na capital do agronegócio, eu tenho que fazer algumas reflexões - disse Dilma, em seu discurso.
- Eu sei que nós somos um dos poucos países do mundo em condição de disputar, a longo prazo, uma posição excepcional de fornecimento de alimentos para o mercado internacional. Alimentos que serão cada vez mais uma questão de sobrevivência para o mundo - disse Dilma.
Segundo ela, o Brasil deve ser uma potência na produção de alimentos, mas também uma potência ambiental. Enquanto Dilma falava dessa capacidade de liderança mundial na produção agrícola, a senadora Katia Abreu, presidente da CNA, que estava no palco da cerimônia no Teatro Pedro II em Ribeirão Preto, escreveu em seu twitter: "Eu digo: seremos se a lei ambiental permitir! Queremos ser!"

por Leila Suwwan

Dilma diz que Brasil pode ser potência agrícola e ambiental

A presidente Dilma Rousseff garantiu nesta sexta-feira que o Brasil pode combinar desenvolvimento agrícola com proteção ambiental, em meio a temores com o aumento do desmatamento diante do texto do Código Florestal aprovado na Câmara e que agora está no Senado.
"Não há contradição, nem pode haver, num país que quer ser potência agrícola, ele tem de ser também potência ambiental", disse Dilma a jornalistas após o lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2011/12 em Ribeirão Preto (SP), evento acompanhado especialmente, por empresários do agronegócio.
"Nós não somos a favor de desmatamento, não vamos compactuar com o desmatamento, e achamos que a agricultura nem a pecuária precisam disso", afirmou.
Críticos do texto do novo Código Florestal aprovado na Câmara Deputados em maio afirmam que ele anistia desmatadores e pode incentivar a destruição da floresta.
Dilma já afirmou que vetará qualquer trecho do código que considere prejudicial ao país.
O plano lançado pelo governo -que destinará 107,2 bilhões de reais em financiamento para a agricultura empresarial- prevê 3,15 bilhões de reais para produtores que investirem em técnicas de maior produtividade no campo com redução da emissão de gases do efeito estufa.
"É possível ter compromisso com o meio ambiente e, ao mesmo tempo, ter um compromisso absolutamente inarredável com a agricultura e a pecuária", disse a presidente.
Dilma citou o Brasil como uma potência na produção de alimentos e defendeu a necessidade de maior produção com menor uso de terra. Ao destacar a defesa ambiental, criticou outros países que alegam que o Brasil estaria desmatando a favor da agropecuária.
"Aqueles que nos apontam muitas vezes tentando uma competição desleal... nos apontam o dedo, 'vocês estão desmatando a Amazônia e produzindo cana-de-açúcar', são aqueles que tentam essa forma de competição desleal", disse no discurso.
O plano destina ainda uma linha de crédito para financiamento da renovação e ampliação dos canaviais brasileiros. A medida é para atender a demanda crescente por etanol, com o avanço dos veículos flex, e permitir estabilidade dos preços do combustível.
Dilma disse que a medida é "essencial para o país não perder sua posição em relação ao etanol". O Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, que produzem o combustível a partir do milho.

por Hugo Bachega

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