Famílias e instituições de solidariedade de Faro recebem hoje pequenos terrenos para cultivar produtos biológicos numa Horta Urbana localizada na zona da cidade velha, informou hoje a autarquia.
O projecto da Horta Urbana de Faro, anunciado há cerca de um ano pela autarquia, insere-se na iniciativa Global Work Party, envolvendo cidadãos de 180 países que pretendem desta forma chamar a atenção para as alterações climáticas.
A localização da Horta Urbana em pleno centro histórico da cidade de Faro é uma iniciativa criticada pela oposição socialista, que classificou de “absurdo” a escolha de um terreno onde foram descobertos vestígios arqueológicos como um “bairro” com construções que vão desde o período islâmico até ao século XVIII.
Dos oito talhões de terreno disponíveis para cultivo agrícola, cinco deles são destinados a famílias e três vão para instituições particulares de solidariedade social de Faro.
Há ainda um nono talhão pedagógico pertencente ao Município de Faro para dinamizar acções de sensibilização, workshops e visitas ao local, para promover a produção de alimentos de forma saudável e biológica, permitindo aos utilizadores acompanhar o processo de plantação, crescimento e recolha dos produtos agrícolas.
A inauguração da Horta Urbana está marcada para as 18h00 de hoje, no Largo D. Afonso III, altura em que Macário Correia recebe os futuros utilizadores do espaço para a assinatura dos acordos de utilização para os talhões de terreno atribuídos.
publicado na Agência Lusa
Sítio arqueológico vai ser tapado para fazer Horta Urbana
A criação da primeira Horta Urbana de Faro, um espaço destinado à agricultura biológica de baixo impacto situado na Vila-Adentro, está a criar polémica, não pela ideia em si, mas pelo facto de o terreno escolhido pela autarquia ser um sítio arqueológico registado.
publicado no Jornal do Barlavento
O projecto da Horta Urbana de Faro, anunciado há cerca de um ano pela autarquia, insere-se na iniciativa Global Work Party, envolvendo cidadãos de 180 países que pretendem desta forma chamar a atenção para as alterações climáticas.
A localização da Horta Urbana em pleno centro histórico da cidade de Faro é uma iniciativa criticada pela oposição socialista, que classificou de “absurdo” a escolha de um terreno onde foram descobertos vestígios arqueológicos como um “bairro” com construções que vão desde o período islâmico até ao século XVIII.
Dos oito talhões de terreno disponíveis para cultivo agrícola, cinco deles são destinados a famílias e três vão para instituições particulares de solidariedade social de Faro.
Há ainda um nono talhão pedagógico pertencente ao Município de Faro para dinamizar acções de sensibilização, workshops e visitas ao local, para promover a produção de alimentos de forma saudável e biológica, permitindo aos utilizadores acompanhar o processo de plantação, crescimento e recolha dos produtos agrícolas.
A inauguração da Horta Urbana está marcada para as 18h00 de hoje, no Largo D. Afonso III, altura em que Macário Correia recebe os futuros utilizadores do espaço para a assinatura dos acordos de utilização para os talhões de terreno atribuídos.
publicado na Agência Lusa
Sítio arqueológico vai ser tapado para fazer Horta Urbana
A criação da primeira Horta Urbana de Faro, um espaço destinado à agricultura biológica de baixo impacto situado na Vila-Adentro, está a criar polémica, não pela ideia em si, mas pelo facto de o terreno escolhido pela autarquia ser um sítio arqueológico registado.
Na Horta da Misericórdia, junto ao Museu Municipal de Faro, é ainda hoje bem visível o resultado dos trabalhos iniciados em 1995 pela investigadora da Universidade do Algarve Teresa Gamito, entretanto falecida, que permitiram colocar a nu vestígios de um bairro com construções que remontam ao período islâmico.
A escolha do local pelo executivo liderado pelo social-democrata Macário Correia foi rapidamente criticada pelo PS/Faro, que considerou que «tapar novamente o que tem sido explorado durante anos não tem qualquer sentido, ou bom senso».
Em declarações aos jornalistas, à margem da Global Work Party que decorreu no domingo em Faro, Macário Correia garantiu que a solução que defende, «tapar com arreia fina os achados», depois de retirados os vestígios de maior importância, é bem menos agressiva «da que estava prevista pelo anterior executivo [do PS], que era tapá-los com uma lage de betão».
O presidente da Câmara de Faro considerou que, tendo em conta que a investigação estava parada há alguns anos, tapar com areia e promover uma atividade de pouco impacto, com o cultivo de plantas «com raízes pouco profundas», é a melhor forma «de proteger aquelas pedras das intempéries».
A escolha do local pelo executivo liderado pelo social-democrata Macário Correia foi rapidamente criticada pelo PS/Faro, que considerou que «tapar novamente o que tem sido explorado durante anos não tem qualquer sentido, ou bom senso».
Em declarações aos jornalistas, à margem da Global Work Party que decorreu no domingo em Faro, Macário Correia garantiu que a solução que defende, «tapar com arreia fina os achados», depois de retirados os vestígios de maior importância, é bem menos agressiva «da que estava prevista pelo anterior executivo [do PS], que era tapá-los com uma lage de betão».
O presidente da Câmara de Faro considerou que, tendo em conta que a investigação estava parada há alguns anos, tapar com areia e promover uma atividade de pouco impacto, com o cultivo de plantas «com raízes pouco profundas», é a melhor forma «de proteger aquelas pedras das intempéries».
(16 de Outubro de 2010)
Cf. também:
- Cultivar na varanda pode dar uma ajuda ao clima 16 de Outubro de 2010
- Faro cria Horta Urbana para fazer face às alterações climáticas 10 de Outubro de 2010
- Horta Urbana de Faro prevista para sítio arqueológico registado gera polémica 6 de Outubro de 2010
10.10.2010
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