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Ministra quer impedir arquivamento de processo sobre turismo sexual na Amazônia

Posted: 10 de jul. de 2011 | Publicada por por AMC | Etiquetas: , ,


A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, pretende recorrer a autoridades brasileiras para impedir o arquivamento do processo contra a empresa americana Wet-A-Line Tours.
Segundo matéria do The New York Times, publicada este sábado, a empresa, além de vender turismo de pesca oferece pacotes de turismo sexual na Amazônia.
O caso já havia sido denunciado pelo Jornal da Record em Outubro de 2010.
A reportagem do JR mostrou que, na época, a Polícia Federal de Manaus havia recebido uma denúncia de que empresas que vendem pacotes de turismo de aventura e pesca esportiva na Amazônia no Brasil e nos Estados Unidos estariam promovendo orgias durante as viagens. Menores de idade estariam nos barcos de luxo para serem exploradas sexualmente por turistas estrangeiros.
Iriny Lopes informou que amanhã (11) vai analisar a situação e buscar informações no Ministério Público e na Policia federal para verificar a situação em que se encontra o processo e quais as medidas que devem ser tomadas para evitar que ele seja arquivado
- O mais importante é impedir o arquivamento do processo como pretendem os advogados do acusado. Para nós, esse processo não pode ser arquivado. Seria um prejuízo muito grande e um brinde à impunidade.
De acordo com a ministra, só após a análise da situação do processo é que será decidido se será criada ou não uma comissão para ir à Amazônia para verificar o que acontece na região na questão da exploração do turismo sexual.
- Vamos avaliar se será preciso criar a comissão para ir à Amazônia.
A ministra disse ainda que fará todos os esforços para não permitir o arquivamento do processo e nem interromper o processo de investigação que está sendo feito para apurar o caso.
Na matéria publicada no jornal americano, o proprietário da Wet-A-Line Tours negou as acusações.

publicado na Agência Estado 


Empresas de Manaus e dos EUA são processadas por turismo sexual no Amazonas

Uma empresa de turismo norte-americana e outra de Manaus estão sofrendo processos nos EUA e no Brasil por suspeita de exploração sexual na Amazônia. As acusações incluem pedofilia com meninas indígenas.
A Wet-A-Line Tours é alvo de um processo no Estado da Geórgia, nos EUA, enquanto a Santana Ecofish Safari, parceira que organizava passeios no Amazonas, responde à Justiça Brasileira.  As informações foram divulgadas neste final de semana pelo jornal ‘New York Times’ e repercutido no Brasil pela Folha de S.Paulo.
Segundo investigações da Polícia Federal, pelo menos 15 meninas foram vítimas de estupros e aliciamento nas viagens promovidas pelo proprietário da agência norte-americana, Richard Schair.
A Polícia Federal informa que a empresa utilizava iates de luxo para acomodar os clientes, que vinham para o Estado sob o pretexto do turismo de pesca. “O pacote incluía o turismo sexual”, afirma o superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Sérgio Fontes.
As meninas são da cidade de Autazes, distante a 118 quilômetros a oeste de Manaus, e eram aliciadas, segundo a polícia, para participar dos passeios pesqueiros.
O proprietário da Wet-A-Line Tours, Richard Schair, nega as acusações, segundo o jornal ‘The New York Times’, que publicou reportagem sobre o caso. Ele também negou envolvimento com a prostituição infantil nos depoimentos à Polícia Federal. O norte-americano tenta suspender temporariamente o processo que corre em seu país.
Além de Schair, cinco brasileiros respondem à ação, que corre em segredo de Justiça no Brasil.
Em seu site na internet, a Wet-A-Line oferece pacote para o Amazonas por US$ 4.250, além o custo com o pacote aéreo. Na web, também é possível encontrar vários depoimentos de pessoas que vieram fazer turismo de pesca no Amazonas pela empresa. No Youtube é possível encontrar um vídeo promocional da empresa, mostrando a facilidade de se chegar a Manaus, a grande quantidade de espécies para pesca esportiva e o luxo dos barcos usados para os passeios nas águas dos rios Negro e Solimões.
O grupo norte-americano de ativismo feminino Equality Now afirma, em seu site,  que o processo nos EUA foi aberto em junho, por quatro meninas, todas de origem indígena, que dizem ter sido forçadas a se prostituir quando tinham menos de 18 anos - a mais jovem tinha 12 anos.
A Equality Now afirma que elas alegam ter sido “vendidas como prostitutas”. “No barco, teriam recebido bebida alcoólica e drogas e forçadas a praticar atos sexuais”.
O grupo diz que é a primeira ação a usar a Lei de Proteção às Vítimas do Tráfico Humano para pedir compensação às supostas vítimas.
 
publicado no Diário do Amazonas

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