O folclore amazonense é personagem principal de adaptações criadas para videogames pelo parintinense João Paulo Faria, de 23 anos. O primeiro a ganhar imagem digital foi o Boto, que, segundo crença popular, se transforma em um homem charmoso para encantar mulheres no interior da Amazônia. Para o jovem, "é importante lembrar da cultura dos povos da Amazônia".
De acordo com João Paulo, o objetivo é transformar diversas figuras do folclore amazonense em animação. "Para começar, decidi fazer o boto e o mapinguari. No entanto, achei melhor pesquisar bem e me esforçar para fazer o primeiro perfeito", disse. Faria contou que, antes de iniciar o desenho, ele pesquisou a opinião do público e estudou profundamente a Lenda do Boto. "Fiz uma pesquisa com mais de cem pessoas para saber o que eles gostariam de ver no desenho, como eles imaginam o boto. Li também a respeito da lenda para me fixar a detalhes que fazem o diferencial da obra, como o chapéu e as roupas brancas e o furo na cabeça, que ele não perde quando vira humano", destacou.
Após estudar técnicas de 'game design', o estudante começou o processo de criação da imagem. Segundo ele, a imagem do Boto ficou pronta em três meses. O diferencial do projeto, para o criador, é a inclusão da fase em que o animal se torna humano. "Fiz o boto na versão animal, de transformação e na imagem humana. Nenhum livro traz a forma intermediária do personagem, então acredito que esta seja a maior inovação na imagem. Além disso, ele age em suas poses como personagens de filmes de ação, apontados como favoritos na pesquisa que realizei", ressaltou.
Segundo o estudante, não há previsão para a criação de um jogo. "Fiz o personagem para o meu trabalho de conclusão de curso (TCC), sem intenção de criar um game. Agora pretendo prosseguir fazendo outros personagens. Não recebi proposta alguma de criação do jogo, por enquanto", revelou.
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