Leio na Reuters:
A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira a uma plateia de empresários da indústria que as altas taxas de juros e a carga tributária atrapalham o crescimento do Brasil, e que o país precisa superar essas "amarras" para continuar se desenvolvendo. (...) Os spreads bancários, a diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa efetivamente cobrada ao cliente, voltaram a ser alvo de Dilma, assim como os juros cobrados pelos bancos privados. (...) Dilma afirmou ainda que o governo precisa seguir atento para que os mecanismos de combate à crise adotados pelos países desenvolvidos não levem à valorização do câmbio e ao que voltou a chamar de "canabalização" do setor no Brasil. (...) A presidente voltou a repetir seu compromisso com a indústria nacional, inclusive ao dizer que fez um esforço para comparecer ao evento no mesmo dia em que viaja à Colômbia. "Não há hipótese de nós continuarmos nos desenvolvendo, distribuindo renda, gerando emprego, afirmando a nossa soberania, tendo importância internacional, se nós não tivermos uma industria forte", afirmou.
Dois factos interessantes para somar à notícia:
1) Dilma reuniu-se hoje com Lula, às vésperas da primeira aparição pública desde que foi anunciada a remissão do tumor na laringe e a poucas horas de viajar para a Cúpula das Américas. A reunião aconteceu na sede do Banco do Brasil (BB), na Avenida Paulista, onde fica o escritório da Presidência da República em São Paulo. Sabe-se que também estiveram presentes o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, e a presidente da Petrobras, Graça Foster. Nem o Planalto nem o Instituto Lula divulgaram o assunto, mas especula-se que, no encontro, Dilma e Lula teriam conversado justamente sobre a resistência dos bancos privados em reduzir o spread bancário, bem como o encontro da presidente dos EUA com Obama, no início desta semana, e a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito ao escândalo de Cachoeira: AQUI.
2) Apesar de uma redução mínima do salário mínimo, o Governo manteve a expectativa de crescimento de 5,5% da economia para 2013, segundo a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), encaminhada hoje ao Congresso Nacional.
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