Leio na Exame:
O Palácio do Planalto deu demonstração nesta terça-feira de que pode não cumprir o acordo feito pelo presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), com a oposição e bancada ruralista de votar o Código Florestal em abril.
"Acho que temos condições de dizer que o governo não garante a votação em abril, como combinado pelo Marco Maia", disse a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. "Eu acho que tem possibilidade de votar em abril, mas eu tenho o entendimento de que se for necessário para fazer uma votação um tempo maior, para fazer um acordo e votar com mais segurança, avançar mais uma semana, duas semanas, eu acho que a Câmara vai ter um entendimento, como sempre tem tido nas matérias relevantes", completou a ministra.
Na última semana, enquanto ocupava interinamente a Presidência da República, Maia acertou com a bancada ruralista e a oposição a votação da Lei Geral da Copa. Como contrapartida, aceitaria votar o Código Florestal ainda neste mês. Oposição e parlamentares ligados ao agronegócio prometiam obstruir o debate da Lei Geral, caso não fosse definida uma data para o Código Florestal entrar em pauta.
Segundo uma fonte do Palácio do Planalto, que falou à Reuters sob condição de anonimato, a presidente Dilma Rousseff não concordou com a obrigatoriedade de votar o projeto ambiental em abril, mas teria aceitado a análise antes do recesso parlamentar.
Há poucas semanas, o governo sinalizava interesse em que a votação do Código Florestal ficasse para depois da conferência sobre desenvolvimento sustentável da ONU Rio+20, em junho.
Três ministros do governo estão negociando o tema: Izabella Teixeira (Meio Ambiente), Mendes Ribeiro (Agricultura) e Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário).
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