via Associated Press
Depois do choque, a revolta transformou-se em fúria e foi assim a noite na Praça Sintagma, na Grécia, onde uma multidão se reuniu em vigília para homenagear o homem de 77 anos que ali se suicidou durante o dia, desesperado com o pântano de dividas em que a crise e a austeridade o lançaram.
Logo pela manhã, vários jornais locais e internacionais se referiam ao pensionista como «mártir grego», considerando-o um símbolo poderoso dos dramas sociais desencadeados pela receita da austeridade. A Reuters, por exemplo, escreve mesmo que, às vésperas das eleições de Maio, o episódio pode abrir caminho aos que defendem novas soluções económicas para lidar com a crise.
O artigo reflecte sobre o impacto deste suicídio na opinião pública, especialmente por ser cometido por um idoso, lembrando tratar-se de um fenómeno a que os olhos do Mundo estão atentos e que não pára de aumentar no país. A Reuters sublinha ainda a inegável carga política associada ao acto de extremo desespero do «mártir grego», e destaca a onda de crescente empatia para com o sofrimento do povo grego, por oposição à condenação internacional – também ela cada vez mais generalizada – dos decisores da troika, responsáveis pela violência do pacote de medidas aplicado na Grécia em troca do dinheiro que lhe é emprestado.
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