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Para resolver de vez o problema de conexão à internet em Manaus

Posted: 3 de mai. de 2012 | Publicada por por AMC | Etiquetas:


Nenhuma outra região do Brasil enfrenta tantos problemas com Internet como Manaus. A capital do estado do Amazonas é a que possui a transmissão de dados mais cara, mais lenta e mais insegura do país, com o detalhe que a cidade estará sediando a Copa de 2014.
Os cabos de fibra óptica chegaram há dois anos, mas a sua capacidade continua limitada. Para se perceber a dimensão do problema, basta dizer que Manaus está a receber 10 megas, enquanto as outras cidades recebem pacotes de 40, 60 e 100 megas.
Na verdade o que acontece é que os cabos de fibra óptica que passam por Porto Velho têm depois que atravessar a BR-319. São 900 quilómetros pelo meio da mata, até o município do Careiro, em frente a Manaus. A partir daí, eles encontram nova barreira natural: o maior rio do mundo, o Amazonas, está no meio caminho. Acontece que tanto o volume como a densidade do rio Amazonas não permitem que os cabos sejam passados por baixo de água. Por esse motivo, até 2009, a transmissão de uma margem à outra era feita via radio frequência.
Há dois anos, porém, o cenário mudou. Os cabos de fibra óptica fizeram um desvio pela floresta, passando agora por baixo da ponte Rio Negro para chegar a Manaus. A alteração veio melhorar bastante a situação que, todavia, ainda está muito longe de ser a ideal, uma vez que os equipamentos que trafegam imagens e dados continuam, eles mesmos, a ter capacidade limitada.

Recentemente, uma segunda operadora abriu concorrência e disponibilizou um outro caminho ao serviço de Internet. Neste caso o sinal vem dos Estados Unidos, sendo conduzido até à Venezuela por cabos submarinos. Daí segue até Boa Vista por linhas de transmissão, cumprindo depois mais 784 quilómetros por cabos subterrâneos até alcançar Manaus. Os resultados, porém, não se traduzem numa melhoria assinalável da qualidade da Internet fornecida.
A região anseia por uma outra alternativa que tarda, embora já esteja a caminho: um ‘linhão’ que irá integrar a cidade no sistema nacional de energia. Ao todo, são 830 quilómetros de cabos, que vêm cortando a floresta desde a hidrelétrica de Tucurui, no Pará, até Manaus. A previsão é de que o sistema comece a operar em Dezembro de 2012.
«Junto com este ‘linhão’ vem uma forte fibra óptica para oferecer mais um serviço que, de certa forma, vai equilibrar melhor esse mercado», garantia há dias Miguel Capobiango, coordenador do UGP-Copa.
Resolvida a questão da distribuição, da velocidade e da qualidade, fica por solucionar o drama do custo, que atinge valores verdadeiramente astronómicos na região, especialmente quando considerada a fraca qualidade do sinal. Há notícia de que existem outras duas operadoras interessadas na nova estrutura de transmissão de dados e imagens. A população torce por alternativas que possam oferecer possibilidade de concorrência, contribuindo assim para que os preços desçam e o acesso à Iinternet em Manaus fique, enfim, nivelado com os grandes centros do país. Se assim for, e só por isso, já terá valido a pena receber a Copa de 2014.

para o Jornal da Globo

Rotas de expansão da banda larga no Amazonas

A Secretaria de Ciência e Tecnologia (Sect-AM) anunciou que a Embratel sinalizou positivamente à possibilidade de compartilhamento da fibra ótica para implantação de internet banda larga no trecho Porto Velho-Manaus. De acordo com o titular da pasta, Odenildo Sena, há ainda o interesse em negociar o compartilhamento da infraestrutura de no trecho do Linhão de Tucuruí, que vai interligar Oriximiná, no Pará, à capital amazonense.
Para a rota via Tucuruí, Odenildo afirma haver um entrave: será necessário fazer uma articulação com a empresa privada Manaus Transmissora de Energia S/A, já que o projeto não listou entre os itens de contrapartida social do sistema. Agora, o objetivo é negociar a assinatura de um termo de cooperação para cessão da infraestrutura a ser implantada para fins de inclusão digital.
Outro projeto prevê o uso da infraestrutura do cabo de fibra ótica do gasoduto Coari-Manaus para instalação do serviço de internet banda larga nos municípios de Iranduba, Manacapuru, Caapiranga, Novo Airão, Anamã, Anori, Codajás e Coari. A proposta integra o acordo de cooperação técnica firmado, no ano passado, entre a Sect, Telebras e Empresa de Processamento de Dados do Amazonas (Prodam).
No município de Iranduba, especificamente, a expansão da Internet banda larga será viabilizada por meio do projeto Cidade Digital. O valor total do projeto é de R$ 2,5 milhões, sendo R$ 2 milhões oriundos de recursos concedidos pela Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e R$ 500 mil pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc).

publicado no Portal da Amazônia em 29.03.2012 


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