Leio no Jornal de Negócios:
Numa mensagem colocada na sua página do Facebook, Cavaco Silva escreve que se a «integração europeia for dominada pelos egoísmos nacionais, o projecto de uma união afasta-se do sonho dos seus fundadores e de grandes europeístas que se lhes seguiram, pois, verdadeiramente, não será de uma autêntica união de que falamos, mas de uma simples conjugação episódica de interesses de cada um dos Estados-membros».
Como replica uma evidência 'la Palisse' para a qual, muito antes dele, já variadíssimas vozes - dentro e fora de Portugal, dentro e fora da Europa - alertaram, é claro que 'mais uma vez', o presidente da República não deixa de ter razão. Mas repete o padrão: volta a chegar atrasado com o óbvio. Pior: continua a só dar sinal de vida através do Facebook, o que é manifestamente pouco para quem ocupa o «mais alto cargo de Estado», num país a braços com uma crise política e económica com a dimensão da actual.
A ironia é ouvi-lo condenar «egoísmos nacionais», no que se refere à União Europeia e aos estragos que estes lhe podem induzir. E que tal olhar-se ao espelho e fazer o mesmo raciocínio aplicado a Portugal e aos 'egoísmos pessoais' que têm pautado a sua conduta no cargo?! Lavar as mãos como Pilatos tem sido muito cómodo. Não mexer uma palha para coisa nenhuma também. Tem servido os seus interesses pessoais, é um facto, mas prestado um péssimo ou nulo serviço ao país.
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