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Comissão Europeia adverte a Alemanha: não lance mais acusações sem base científica

Posted: 7 de jun. de 2011 | Publicada por por AMC | Etiquetas: , ,

Leio em O Público:

O comissário europeu para a Saúde, John Dalli, pediu hoje à Alemanha que não lance novos alertas sanitários sobre a possível origem da estirpe letal da bactéria E. coli sem ter provas científicas porque essa actuação cria um alarmismo injustificado e prejudica grandemente os produtores europeus.“É crucial que as autoridades nacionais não se precipitem ao darem informação sobre a origem da infecção que não esteja verificada por análises bacteriológicas porque isso cria um medo injustificado na população de toda a Europa e cria problemas para os nossos produtores de alimentos dentro e fora da UE”, manifestou o comissário europeu da Saúde hoje de manhã.
John Dalli pediu aos Estados-membros que evitem “conclusões prematuras” e apenas activem o sistema europeu de alerta alimentar quando tiverem “provas científicas”.
Até ao momento, a Alemanha já atribuiu as culpas do surto aos pepinos espanhóis, depois a um restaurante alemão e depois a rebentos de legumes de uma plantação na Baixa Saxónia. Porém, as análises feitas a estes produtos e lugares deram resultados negativos para a estirpe mortal da bactéria E. coli enterohemorrágica (EHEC) O104:H4 na maioria das amostras.



Os peritos continuam, por isso, à procura da origem exacta do surto que já provocou a morte a 22 pessoas na Alemanha e uma na Suécia. Os resultados deverão ser conhecidos ainda hoje.
De qualquer forma, os laboratórios do Ministério da Agricultura da Baixa Saxónia continuam a analisar os rebentos de soja vendidos durante as semanas em que a bactéria surgiu e que estão guardados em frigoríficos. Se as análises derem negativo, esta pista perderá força. Entretanto, toda a produção desta quinta foi suspensa e os seus produtos foram retirados do mercado.
O comissário europeu pediu ainda à Alemanha que “reforce a vigilância e os controlos para identificar a fonte do surto e estancar o contágio”.
O Executivo comunitário já enviou para aquele país uma equipa de epidemiologistas para ajudarem a lidar com o problema.
Dalli sublinhou ainda que o surto está limitado geograficamente à área que rodeia Hamburgo e que, por isso, não há motivos para proibir nenhum produto em toda a Europa. Qualquer bloqueio, insistiu, é “despropositado”, incluindo o que a Rússia impôs às frutas e verduras dos Vinte e Sete.


reportagem do Luxemburgo para a SIC Notícias


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