Pelo menos 35 municípios do Estado do Amazonas estão em ‘estado de alerta’ por conta do risco de enchente e outros problemas ocasionados pela subida das águas. A informação foi divulgada na tarde de ontem pela Associação Amazonense de Municípios (AAM), que acrescentou que a Defesa Civil do Estado confirma apenas oito cidades onde o laudo de anormalidade foi comprovado.
De acordo com o presidente da AAM e prefeito de Manaquiri, Jair Souto, na prática, o “estado de alerta” é uma orientação inicial para que os gestores municipais tomem as medidas preventivas, como por exemplo, não transitar em determinadas áreas sujeitas a riscos.
"No estado de emergência, o município pode pedir auxílio de recursos da União para reparar os estragos provocados”, acrescentou Souto, destacando que a AAM está acompanhando atentamente a situação (este é o segundo levantamento divulgado pela entidade sobre as consequências da temporada de chuvas nos municípios amazonenses em 2012) e atua na orientação e ligação dos gestores – principalmente das sedes mais distantes da capital – com órgãos como a Defesa Civil e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) entre outros.
Jair Souto lembrou ainda que além dos fatores sociais como aumento no número de desabrigados, falta de alimentos e recursos em geral, a economia do interior, sofreu grandes abalos: “Temos relatos que em algumas regiões, mais de 50% da safra agrícola está perdida”, revelou.
Em situação mais grave estão Boca do Acre (em calamidade pública), Canutama, Lábrea, Pauniní e Tapauá, Carauari, Eirunepé, Envira, Guajará e Itamarati, todos já estão sob estado de emergência, com exceção do último que está em alerta. No Baixo Amazonas, apenas Urucará está em situação normal. Por outro lado, nas calhas do Madeira, do Médio Amazonas e do Alto Rio Negro, de um total de 15 municípios, apenas quatro estão em “alerta” e um decretou emergência (Itacoatiara).
Em outros sete foram decretadas situação de emergência e 18 cidades – incluindo Manaus – foram classificadas como “estado de normalidade”. Até o momento, apenas Boca do Acre (na região do Purus) decretou calamidade pública no Estado e não foi possível obter os dados referentes a Alvarães (530 Km da capital).
via CBN Manaus
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