Galeria de fotos colectiva, onde várias pessoas têm estado a ilustram o dia de protestos
Por toda a Espanha, centenas de milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra a reforma laboral. Madrid, Barcelona e Valência foram as cidades que juntaram mais manifestantes. Um mar de gente nas ruas, em dia de greve geral, marcado pelos confrontos com a polícia.
Cf. galeria de fotos: aqui.
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Depois da greve geral da semana passada em Portugal, é agora Espanha quem avança com paralização idêntica. Em causa está a reforma laboral em curso que, tal como em Portugal, não só facilita como torna mais baratos os despedimentos, deixando os trabalhadores mais vulneráveis, numa altura em que a precariedade impera e o desemprego atinge 23% da população, a mais alta taxa da Europa.
Esta greve acontece na véspera da votação no Parlamento do controverso Orçamento do Estado, um documento que Mariano Rajoy já avisou conter novas medidas de austeridade que obrigarão os espanhóis a apertar ainda mais o cinto.
À paralisação de hoje juntaram-se as duas maiores centrais sindicais espanholas e a chamada geração "mil eurista", que representa os milhares de desempregados jovens que existem em Espanha.
A greve está a afectar também Portugal, a começar pelas ligações aéreas, prevendo-se que apenas 20% dos aviões levantem voo. Em Lisboa e Porto já há 46 voos cancelados da Tap, Iberia e outras companhias. A CP foi também obrigada a cancelar dois comboios para Madrid e prevê-se que os camionistas encontrem problemas nas cargas e descargas.
Às primeiras horas, as notícias já davam conta de pelo menos 58 detidos e nove feridos, na sequência de incidentes relacionados com a paralização. O mais grave ocorreu na Cantábria, onde uma mulher, que fazia parte de um piquete de greve, foi esfaqueada pelo dono de um hotel, que entretanto foi detido.
Em Madrid, sabe-se que outras sete pessoas foram presas por desordem e causa de danos, tendo um carro da polícia sido atingido por um cocktail molotov e dois polícias ficado feridos.
Perto das 10h da manhã, no centro da capital, era visível o rasto deixado pelos manifestantes, com cartazes e autocolantes espalhados pelo chão e colados nas paredes e montras de lojas e cafés. os manifestantes circulavam pelas principais artérias de forma ordeira, não obstante ter sido deslocado para a zona um forte dispositivo polícial.
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