Repassando directamente da WWF Brasil e Greenpeace:
No dia 22 de Abril, Dia da Terra, o Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável – coalizão formada por quase 200 organizações da sociedade civil brasileira – e os movimentos Floresta Faz a Diferença e Mangue Faz a Diferença realizarão eventos em todo o Brasil para protestar contra a aprovação do projeto de lei do novo Código Florestal (PLC 30/2011).A votação está prevista para a próxima terça-feira. Haverá vários tipos de ação: marchas, pedaladas, passeatas, apitaços e flash mobs. O objetivo é alertar a todos sobre a degradação ambiental do planeta e de iniciativas que podem colaborar para melhorar ou piorar, esse quadro. Os manifestantes cobrarão também a presidenta Dilma Rousseff promessa de veto feita durante campanha eleitoral. Poderão participar das iniciativas ONG’s, representantes de movimentos sociais, sociedade civil, estudantes, cientistas, deputados ou qualquer pessoa interessada em aderir à causa.
O Dia da Terra vem ganhando cada vez mais importância
desde que foi criado, timidamente, no início da década de 70. Este ano,
mais de 500 milhões de pessoas devem comemorar o Dia da Terra em 85
países.
Para ler na íntegra e consultar a programação por cidade, clicar no link em baixo.
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(cont.)Os principais problemas da proposta do Código Florestal é que estimula novos desmatamentos, anula multas de crimes ambientais, reduz Áreas de Preservação Permanente (APPs) e de reservas legais e desobriga a recuperação da grande maioria das áreas ilegalmente desmatadas.Kenzo Jucá, especialista em políticas públicas do WWF-Brasil, afirma que “o texto aprovado no Senado é extremamente ruim e representa um retrocesso na legislação brasileira”. “Por isso, defendemos que a única solução é o veto da presidente, caso a Câmara dos Deputados insista em votar o projeto no dia 24”, diz ele.Apesar dos pedidos de cientistas, juristas, organizações da sociedade civil e movimentos sociais para que o processo seja revisto e realizado de forma responsável, o texto deve entrar na pauta da Câmara na próxima semana. O texto do relator Paulo Piau, porém, ainda não foi apresentado.Para Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, “o cenário é muito preocupante”. “O governo joga com o público ao dizer que quer o relatório antes, mas a previsão é que o texto saia na véspera da votação para evitar pressão da sociedade civil. O desenho está se dando como foi na última votação na Câmara, ou seja, na base da chantagem”, afirma. Ele diz ainda que teme que todas as controvérsias contidas na Emenda 164 voltem nesse novo relatório.
Várias manifestações ocorrem em todo o Brasil contra o novo Código Florestal. Votação está prevista para acontecer no dia 24 de Abril.
[PROGRAMAÇÃO]
Aracaju/SE
O quê: Plantio e distribuição de mudas de plantas
Onde: Parque dos Cajueiros
Quando: Dia 22/04 às 10h
Contato: Lizaldo: (79) 8152-7868
Brasília/DF
O quê: Mobilização contra a aprovação do Código Florestal
Onde: Em frente ao estádio de vôlei de praia na esplanada dos ministérios, ao lado da rodoviária.
Quando: Dia 22/04 às 8h
Contato: Pedro (61) 8136-1795
Campo Grande/MS
O quê: Marcha e bicicletada
Onde: Avenida Afonso Pena, esquina com 14 de julho
Quando: Dia 22/04 às 10h
Contato: Simone (67) 9647-4167
Mineiros/GO
O quê: Campanha sobre Código Florestal “Veta Dilma”
Onde: Pinga Fogo
Quando: Dia 22/04 às 10h
Contato: Simone (67) 9647-4167
Curitiba/PR
O quê: Mobilização contra a aprovação do Código Florestal
Onde: Passeio Público
Quando: Dia 22/04 às 10h
Contato: Letícia (41) 8872-0700 / 9665-7783
Dourados/MS
O quê: Plantio de árvores, oficina de Circo e de barricada de bambu
Onde: Parque do Lago
Quando: Dia 22/04 de 8h às 19h
Contato: Simone (67) 9647-4167
Florianópolis/SC
O quê: Grande Piquenique
Onde: Parque Ecológico do Córrego Grande
Quando: Dia 22/04 de abril às 9h
Contato: Fernanda (48) 9935-1119
Florianópolis/SC
O quê: Entrega de moção contra as mudanças no Código Florestal ao Superintendente do IBAMA
Onde: Universidade do Estado de Santa Catarina
Quando: 23/04 de abril às 9h
Contato: Fernanda (48) 9935-1119
Fortaleza/CE
O quê: Mobilização contra a aprovação do Código Florestal
Onde: Avenida Beira Mar (Próxima à estátua da Iracema Guerreira)
Quando: Dia 22/04 às 9h
Contato: Gabriela Barbosa Batista – (85) 3281-0246
Itajaí/SC
O quê: Mobilização popular “A Barca dos Povos”
Onde: Sairá da frente da Vila da Regata da Volvo Ocean Race (Pavilhão da Marejada)
Quando: Dia 19/04 às 22h
Contato: Mirella Cursino (47) 9921-8760
João Pessoa/PB
O quê: Mobilização contra a aprovação do Código Florestal
Onde: Bar do Surfista
Quando: Dia 22/04 às 10h
Contato: Rita (83) 9129-7496
Maceió/AL
O quê: Mobilização contra a aprovação do Código Florestal
Onde: Praia da Ponta Verde em frente ao Clube Alagoinhas
Quando: Dia 22/04 às 9h
Contato: Bruno Stefanis (82) 9115-2944
Porto Alegre/RS
O quê: Mobilização contra a aprovação do Código Florestal
Onde: Parque da Redenção e Usina do Gasômetro
Quando: Dia 22/04 às 10h
Contato: Décio (51) 8159-6700
Ribeirão Preto/SP
O quê: Colagem de cartazes em varal, distribuição de panfletos, teatro, malabares e caminhada
Onde: Parque Maurílio Biagi, ao lado da rodoviária
Quando: Dia 22/04 à partir das 15h
Contato: Claudia Perencin (16) 9287-6176
Rio Claro/SP
O quê: Passeata Veta Dilma
Onde: Saída e chegada da Praça dos Bancos
Quando: Dia 22/04 às 14h
Rio de Janeiro/RJ
O quê: Mobilização contra a aprovação do Código Florestal
Onde: Praia de Copacabana em frente ao Copacabana Palace – Rio de Janeiro/RJ
Quando: Dia 22/04 às 10h30h
Contato: Grégor (21) 8337-7177
Salvador/BA
O quê: Mobilização contra a aprovação do Código Florestal
Onde: Parque da Cidade
Quando: Dia 22/04 às 09h
Contato: Renato – (71) 9983-2871
São João da Boa Vista/SP
O quê: Oficina e diálogos
Onde: Bar do Peixotinho
Quando: Dia 22/04 às 15h
Contato: Roberto Câmara (19) 9385-4849 e (19) 8185-4349
São Paulo/SP
O quê: Mobilização contra a aprovação do Código Florestal com roda de conversa no evento da Rede de Jovens Rio+Você
Onde: Parque da Juventude
Quando: Dia 22/04 às 10h
Para chegar ao local os realizadores
sugerem três rotas de bicicleta, com saídas da estação de Metrô Santana
às 10 horas, da Praça do Ciclista às 9h30 e da Praça Panamericana, às
14h.
São Paulo/SP
O quê: Distribuição de cartilhas sobre o Código Florestal e da campanha Veta Dilma
Onde: Stand do #Florestafazadiferença na Adventure Sports Fair – Pavilhão da Bienal do Ibirapuera
Quando: De 18 à 21/04, durante todo o dia
São Paulo/SP
O quê: Mobilização com batucada com Maurício Bade e Grupo pernas de pau, máscaras e Varal Veta Dilma
Onde: Em frente do Pavilhão da Bienal do Ibirapuera
Quando: Dia 20/04 às 16h
São Paulo/SP
O quê: Roda de Conversa “Juventude e o Código Florestal”
Onde: Evento da Rio+você, no Parque da Juventude
Quando: Dia 22/04 de abril às 10h
Tamandaré/PE
O quê: Mobilização na praia contra a aprovação do Código Florestal
Onde: Pier de Guadalupe Praia de Carneiros
Quando: Dia 22/04 às 10h
Contato: Manoel Pedrosa – 81 88915155 / 99701949
Teresina/PI
O quê: Show cultural com artistas
Onde: Praça Pedro II
Quando: Dia 22/04 às 16:30h
Contato: Ada (86) 9981-1659
Uberaba
O quê: Mobilização Veta Dilma
Onde: Piscinão
Quando: Dia 22/04 às 15h
Contato: vetadilmauberaba@gmail.com
[ACTUALIZAÇÃO]
Ambientalistas festejam Dia da Terra com protesto contra alterações no Código Florestal e construção de Belo Monte
Um grupo de ambientalistas promoveu no fim da manhã de hoje (22), no Rio de Janeiro, um ato simbólico para marcar o Dia da Terra. Eles estenderam faixas e cartazes na areia da Praia de Copacabana em protesto contra a proposta de alteração do Código Florestal Brasileiro e a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
Organizada pelo Comitê Fluminense pelas Florestas, com apoio do Grupo de Trabalho do Rio de Janeiro de Mobilização para a Cúpula dos Povos (GT Rio) e da organização não governamental (ONG) Greenpeace, a manifestação seria uma passeata pela orla de Copacabana. Mas, por causa da chuva que atinge a capital fluminense neste domingo, no entanto, o grupo decidiu transferir o protesto para a área em frente ao Hotel Copacabana Palace e marcar um novo dia para promover a Marcha pelo Meio Ambiente. A data da marcha ainda será definida.
Para uma das organizadoras do movimento, Elzimar Gomes da Silva, apesar de a chuva ter atrapalhado os planos iniciais do grupo, o protesto foi importante para alertar os cidadãos sobre essas questões. 'Precisamos continuar a luta para mobilizar a população e mostrar que queremos um Código Florestal melhor, que respeite o campo. As manobras políticas e a maneira como o meio ambiente está sendo desconsiderado são questões relevantes. Do jeito que está, o código autoriza a ocupação em manguezal, em topo de morro e várias outras questões que são prejudiciais ao meio ambiente', explicou.
A coordenadora do grupo de voluntários do Greenpeace no Rio, Vânia Stolze, que também participou do protesto, criticou a decisão do relator do novo Código Florestal, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), de retirar do texto aprovado pelo Senado o Artigo 62, referente às áreas de preservação permanente (APPs) às margens de rios, que, segundo o deputado, trata-se de um assunto que deve ser abordado em outro momento, por meio de projeto de lei ou medida provisória.
'É escandaloso ter a margem dos rios desprotegida. O Brasil precisa da sua água, toda a nossa geração de energia é feita praticamente a partir de hidrelétricas. As alterações propostas no relatório geram um retrocesso muito grande', opinou. Vânia Stolze disse ainda que a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte é 'muito preocupante' pelo impacto ambiental 'sem medida' que gera.
'A energia elétrica que será gerada não vai favorecer o Sudeste, que é quem mais precisa no país, mas as siderúrgicas que estão instaladas lá perto. Além disso, há questões como o desvio do Rio Xingu e a retirada de um enorme volume de terra para a sua construção, que vão gerar desmatamentos e outras consequências sobre as quais nem temos noção'.
Vânia lamentou ainda que o Brasil não tenha resolvido essas questões antes da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. 'Os ambientalistas estão muito desanimados porque, com a realização da conferência, o mundo todo vira os olhos para cá. O país pode se desenvolver, mas sem agredir tanto o meio ambiente', disse.
Organizada pelo Comitê Fluminense pelas Florestas, com apoio do Grupo de Trabalho do Rio de Janeiro de Mobilização para a Cúpula dos Povos (GT Rio) e da organização não governamental (ONG) Greenpeace, a manifestação seria uma passeata pela orla de Copacabana. Mas, por causa da chuva que atinge a capital fluminense neste domingo, no entanto, o grupo decidiu transferir o protesto para a área em frente ao Hotel Copacabana Palace e marcar um novo dia para promover a Marcha pelo Meio Ambiente. A data da marcha ainda será definida.
Para uma das organizadoras do movimento, Elzimar Gomes da Silva, apesar de a chuva ter atrapalhado os planos iniciais do grupo, o protesto foi importante para alertar os cidadãos sobre essas questões. 'Precisamos continuar a luta para mobilizar a população e mostrar que queremos um Código Florestal melhor, que respeite o campo. As manobras políticas e a maneira como o meio ambiente está sendo desconsiderado são questões relevantes. Do jeito que está, o código autoriza a ocupação em manguezal, em topo de morro e várias outras questões que são prejudiciais ao meio ambiente', explicou.
A coordenadora do grupo de voluntários do Greenpeace no Rio, Vânia Stolze, que também participou do protesto, criticou a decisão do relator do novo Código Florestal, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), de retirar do texto aprovado pelo Senado o Artigo 62, referente às áreas de preservação permanente (APPs) às margens de rios, que, segundo o deputado, trata-se de um assunto que deve ser abordado em outro momento, por meio de projeto de lei ou medida provisória.
'É escandaloso ter a margem dos rios desprotegida. O Brasil precisa da sua água, toda a nossa geração de energia é feita praticamente a partir de hidrelétricas. As alterações propostas no relatório geram um retrocesso muito grande', opinou. Vânia Stolze disse ainda que a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte é 'muito preocupante' pelo impacto ambiental 'sem medida' que gera.
'A energia elétrica que será gerada não vai favorecer o Sudeste, que é quem mais precisa no país, mas as siderúrgicas que estão instaladas lá perto. Além disso, há questões como o desvio do Rio Xingu e a retirada de um enorme volume de terra para a sua construção, que vão gerar desmatamentos e outras consequências sobre as quais nem temos noção'.
Vânia lamentou ainda que o Brasil não tenha resolvido essas questões antes da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. 'Os ambientalistas estão muito desanimados porque, com a realização da conferência, o mundo todo vira os olhos para cá. O país pode se desenvolver, mas sem agredir tanto o meio ambiente', disse.
publicado na Agência Brasil
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