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Acusações de «fantasia» de Dilma suscitam resposta dentro e fora do Brasil

Posted: 6 de abr. de 2012 | Publicada por por AMC | Etiquetas: , , ,

“Fantasia é fazer de conta que não há limites”  

Para o coordenador de processos internacionais do Instituto Vitae Civilis, Aron Belinky, priorizar a sustentabilidade “não é uma questão de fantasia, mas de ousadia”. Segundo ele, o modelo de desenvolvimento do governo Dilma Rousseff carece de visão de longo prazo. É um modelo que simplesmente reproduz o que já foi feito no passado, fazendo de conta que não há limites para o planeta. Isso sim é uma fantasia”, disse Belinky. A Vitae Civilis é uma das várias organizações da sociedade civil que fazem parte do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.
“O Brasil tem uma oportunidade estratégica de desenvolver num padrão novo de sustentabilidade, integrando o desenvolvimento econômico, social e ambiental num só modelo”, disse.
Com relação às hidrelétricas, Belinky disse que é preciso priorizar, também, medidas d eficiência energética, que permitam usar de maneira mais eficiente a eletricidade que já é produzida – diminuindo, assim, a necessidade de grandes obras na Amazônia, que, apesar de produzirem uma energia de baixo carbono, têm grandes impactos sobre a biodiversidade e as comunidades tradicionais da floresta.
“Há várias inovações que podem ser incorporadas ao sistema de produção de energia sem a necessidade de grandes obras”.
O físico José Goldemberg, da USP, disse que o discurso de Dilma é um “mau presságio” para a Rio+20. “Esperava-se que o Brasil assumiria um papel de liderança, mas essa esperança não se materializando, o Brasil vai acabar ficando como vidraça”, avaliou Goldemberg.
Ele lembra que, hoje, as energias renováveis representam 13% do total de energia do mundo e há previsões de que alcancem de 25% a 50% até 2050. “Há hidrelétricas excelentes, não é uma questão de se opor a elas. Mas também é tecnicamente incorreto não considerar outras energias. É um falso dilema”.

publicado no O Estado de S. Paulo em 05-04-2012

Repassando directamente da Amazon Watch, igualmente em resposta a isto:
Are those of us concerned about the growing and dire threats to the Amazon and its peoples fantasizing about President Dilma Rousseff's dismal socio-environmental policies? She seems to think so. This week she belittled the critiques of leading Brazilian human rights and environmental organizations calling their objections to her government's disastrous plans to extensively dam the Amazon's rivers a "fantasy."
Telling assembled representatives of 36 NGOs that their concerns about her government's unprecedented backsliding on socio-environmental issues are "absurdly ethereal or fanciful", Dilma has launched a counter-offensive to the growing and well-deserved criticisms that she is presiding over a catastrophic dismantling of the hard-won social and environmental gains enshrined in Brazil's 1988 constitution.
The timing of this vitriol is not accidental: in the months preceding the Rio+20 conference the Brazilian government urgently needs to reinforce its credentials as a country that has balanced economic growth and poverty reduction with respect for environmental sustainability and human rights. However, Dilma may find it challenging to keep the wool pulled over our eyes; disasters like the gutting of Brazil's conservationist Forest Code and the illegal construction of the Belo Monte dam on the Amazon's Xingu River irrefutably undermine her government's socio-environmental record.
In response to President Dilma's outlandish comments, the coordinator of the Brazilian NGO Vitae Civilis stated "fantasy is pretending that there are no limits" to growth at the expense of the environment, affirming that Brazil's flagrant inconsistencies between rhetoric and reality will be an easy target for critics during the Rio+20 conference. Leading Brazilian physicist José Goldemburg reiterated this sentiment, claiming that Dilma is a "bad omen" for Rio+20 and asserting, "we hoped that Brazil would assume a leadership role, but this is not materializing. Brazil will end up exposed to ridicule."
When she visits Washington D.C. next week, President Dilma carries a growing polemic provoked by her government's immoral steamrolling of the Belo Monte dam and its sanctioning of the catastrophic changes to the Forest Code, two emblematic cases that represent severe and escalating threats to the Amazon and its people. If she thinks her dismissive attitude towards the urgent concerns voiced by the Brazilian and international community will strengthen her government's standing at Rio+20, perhaps she is toying with fantasy.
In solidarity with Brazilian groups demanding a new direction for their government's stewardship of critical environmental and human rights issues, Amazon Watch and our allies in Washington D.C. plan to greet President Dilma Rousseff next week with the kind of scrutiny and condemnation she has earned. 

# Para ler na íntegra, a carta: "Dilma Government Backsliding on Socio-Environmental Issues" (pdf)

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